Atualmente, os adolescentes estão entre os principais usuários de drogas e muitas vezes o contato inicial é incentivado e considerado um comportamento “descolado” que ajuda o jovem a desinibir-se com maior facilidade. Sendo assim, este artigo apresentará 4 fatos relevantes sobre os riscos das drogas na adolescência que talvez você desconheça.

Malefícios do consumo de cigarro na adolescência

Para início de conversa, “drogas” é um assunto antigo e não exclusivo da juventude atual. Sendo assim, em todas as gerações houve uso de substâncias psicoativas. Mas, você sabia que existe um importante agravante para a geração atual? Assim, vamos para o primeiro fato sobre drogas na adolescência:

1. A geração atual tem mais fatores de risco para o abuso de substâncias

A atual geração de adolescentes apresenta maior prevalência de características que constituem fatores de risco para o abuso de substâncias, e consequentemente, os expõe aos riscos das drogas. Em outras palavras, ao entrar em contato com essas substâncias o jovem terá maior chance de se viciar, em comparação a geração mais antiga. Nesse sentido, o IBGE apontou ,em inquéritos populacionais recentes, que a experimentação de drogas ilícitas cresceu de 7,3% para 9,0% entre 2012 e 2015. Um dado preocupante e que trará consequências.

Afinal de contas, quais são esses fatores de risco?

Confira, a seguir, lista com 12 fatores de risco para o abuso de drogas ou substâncias psicoativas:

1. Pai ou parente próximo com abuso de substâncias ou dependência química;

2. Fracasso ou dificuldades escolares;

3. Baixo nível de autoestima;

4. Personalidade agressiva ou impulsiva;

5. Instabilidade familiar;

6. Falta de supervisão;

7. Miséria;

8. História de abuso físico e sexual;

Jovem triste apoiando a cabeça com os braços ilustrando os efeitos maléficos do uso de drogas

9. Distúrbios psiquiátricos, especialmente, depressão;

10. Bulimia;

11. Distúrbio de atenção;

12. Impulsividade.

Podemos mencionar algumas características com prevalência crescente na geração atual, como por exemplo, a depressão, os distúrbios da atenção, a bulimia, a impulsividade, a instabilidade familiar, a falta de supervisão, o baixo nível de autoestima e as dificuldades escolares. Então, frente a essa realidade, cabe o seguinte questionamento:

Será que a geração atual está sob maior risco de abuso de substâncias químicas e o risco das drogas? E o que dizer a respeito da maconha, substância ilícita mais consumida no Brasil, segundo a pesquisa (Fiocruz, 2017)? Maconha vicia?

2. Maconha vicia, sim!

A maconha é menos indutora de dependência, quando comparada a outras drogas, no entanto, a indução é possível, e são comumente relatados os casos de dependência à maconha. A dependência da maconha ocorre quando o cérebro se adapta a grandes quantidades da droga, reduzindo a produção e a sensibilidade a seus próprios neurotransmissores endocanabinóides. Nesse sentido, estudos sugerem que 9% das pessoas que usam maconha ficarão dependentes dela, e cerca de 17% naqueles que começam a usar na adolescência. Em 2015, por exemplo, cerca de 4,0 milhões de pessoas nos Estados Unidos atenderam aos critérios de diagnóstico de um distúrbio do uso de maconha.

3. Evitar o primeiro contato com as drogas é importante

Apesar de algumas pessoas consideraram ao uso de algumas drogas inofensivo já foi comprovado que quanto mais cedo um adolescente inicia o uso de uma substância, maior a probabilidade no aumento da quantidade e variedade do uso, e que os adolescentes são menos capazes que os adultos de limitar o uso. Isso explica porque tanta atenção é dada em instituições educacionais e na mídia informativa para que se evite a experimentação. O risco das drogas, e em especial, o uso da maconha é real!

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4. 4 em cada 5 estudantes brasileiros de 1° e 2° graus já ingeriram álcool, e 1 em cada 5 já ingeriram psicotrópicos.

Consumo de álcool entre jovens e seus malefícios
Fonte: Foto da pxhere

O dado é do relatório do CEBRID, Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas da Escola Paulista de Medicina, realizado a partir de um levantamento em 10 capitais brasileiras em 1993 sobre o uso de drogas entre estudantes de 1° e 2° graus. De acordo com o levantamento, 80,5% desses jovens usaram álcool, pelo menos uma vez na vida; 18,6% usaram frequentemente (em seis ou mais vezes nos trinta dias anteriores à pesquisa), 28% usaram tabaco pelo menos uma vez na vida; 5,3% frequentemente; E 22,8% usaram drogas psicotrópicas pelo menos uma vez na vida; 3,1% frequentemente.

Este número pode ser surpreendente, pela sua magnitude, e visto que estudantes de 1° e 2° graus são menores de idade, salvo exceções, o que constitui crime previsto em lei. Além do fato de estarem mais expostos aos riscos das drogas, conforme dito em tópico anterior.

Nesse contexto, a Invexologia, especialdiade científica que estuda a técnica evolutiva chamada invéxis, propõe que, desde a adolescência, o jovem reflita sobre como otimizar ao máximo sua vida, de acordo com objetivos pessoais que lhe proporcionem bem-estar pessoal, alavanquem sua evolução e consequentemente das pessoas ao seu redor.

Alguns dos principais riscos das drogas são as consequências prejudiciais ao corpo humano e ao próprio nível de lucidez. Dessa maneira, é importante que o leitor reflita sobre o consumo de drogas e, a partir da observação de fatos, chegue às suas próprias conclusões.

Você já conhecia esses 4 fatos sobre o consumo de drogas na adolescência? Qual é a sua opinião sobre cada um dos fatos apresentados?

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Referências:

  1. Boletim CEBRID – Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas – número 66, Agosto-Dezembro 2010, São Paulo, SP. Disponível em <https://www.cebrid.epm.br>; Acesso em: 01.12.2019;
  2. Is Marijuana addictive? Article. National Institute on Drug Abuse (NIDA); Disponível em <https://www.drugabuse.gov/publications/research-reports/marijuana/marijuana-addictive>. Acesso em: 01.12.2019.
  3. Anthony JC, Warner LA, Kessler RC. Comparative epidemiology of dependence on tobacco, alcohol, controlled substances, and inhalants: Basic findings from the National Comorbidity Survey. Exp Clin Psychopharmacol. 1994;2(3):244-268. doi:10.1037/1064-1297.2.3.244
  4. Lopez-Quintero C, Pérez de los Cobos J, Hasin DS, et al. Probability and predictors of transition from first use to dependence on nicotine, alcohol, cannabis, and cocaine: results of the National Epidemiologic Survey on Alcohol and Related Conditions (NESARC). Drug Alcohol Depend. 2011,115(1-2):120-130. doi:10.1016/j.drugalcdep.2010.11.004
  5. Anthony JC. The epidemiology of cannabis dependence. In: Roffman RA, Stephens RS, eds. Cannabis Dependence: Its Nature, Consequences and Treatment. Cambridge, UK: Cambridge University Press; 2006:58-105.
  6. Hall WD, Pacula RL. Cannabis Use and Dependence: Public Health and Public Policy. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 2003.
  7. IBGE; Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística; Editora: Estatísticas Sociais; Disponível em: <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/9501-pense-2015-55-5-dos-estudantes-ja-consumiram-bebida-alcoolica-e-9-0-experimentaram-drogas-ilicitas>. Acesso em: 01.12.2019.
  8. Pesquisa revela dados sobre o consumo de drogas no Brasil. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/pesquisa-revela-dados-sobre-o-consumo-de-drogas-no-brasil. Acesso em: 20.06.2020


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