A invéxis (inversão existencial), é uma técnica de planejamento de vida proposta pela Conscienciologia e que tem por objetivo otimizar ao máximo as chances de realização da programação existencial de quem a aplica. As pessoas que aplicam a invéxis se propõem a viver a vida de forma técnica, evitando o senso comum do “deixa a vida me levar”, para garantir que seu tempo de vida seja aproveitado ao máximo em função da prática da interassistência, da evolução pessoal e do completismo existencial.
A ideia de viver a vida de forma técnica pode soar estranho para a maioria das pessoas, causando uma sensação de artificialidade, como se a melhor forma de viver a vida fosse deixar que os fatos aconteçam de modo natural. Contudo, a chamada “crise de meia idade” está aí para provar que viver sem refletir e planejar acarreta frustração e arrependimento. É comum encontrar a pessoa de 40 anos, frustrada com as escolhas que fez ao longo da vida, tentando recuperar o tempo perdido mudando de profissão, relacionamento, hábitos, mas tomando atitudes infantilizadas vivendo uma adolescência tardia.
A inversão existencial atua enquanto antídoto de todas as forças que desviam o intermissivista do seu objetivo principal: o completismo existencial. Você pode estar se perguntando, quem é esse tal de intermissivista e que completismo existencial é esse. Para entender estes conceitos, primeiro é preciso conhecer o que é o Curso Intermissivo.
Inversão Existencial e Curso Intermissivo
De acordo com a Conscienciologia, todo ser vivo é uma consciência vivendo uma experiência de vida intrafísica e que sobrevive à morte do seu corpo biológico evoluindo através de uma longa fieira de existências, inclusive nós seres humanos. Entre uma vida humana e outra, quando nós estamos na condição de consciências extrafísicas, é possível fazer o que chamamos de Curso Intermissivo, um curso preparatório para a próxima vida humana que acontece na dimensão extrafísica.
Os Cursos Intermissivos têm disciplinas voltadas para o aprofundamento no entendimento da evolução pessoal, seja olhando para o passado, como o estudo das nossas biografias anteriores e os traços desenvolvidos nelas, seja olhando para o futuro, como nos estudos da programação existencial e da técnica da inversão existencial.
As consciências que fazem ou fizeram Curso Intermissivo são chamadas na Conscienciologia de intermissivistas, e todos os intermissivistas tem uma programação existencial, ou proéxis (programação + existencial) a cumprir na próxima vida humana.
Invéxis e Proéxis
A proéxis é um plano de vida desenhado antes de nascermos para que ao longo da vida humana possamos aplicar nossos talentos em prol da assistência à outras pessoas, em especial desenvolver habilidades parapsíquicas, além de superar nossas dificuldades e mazelas pessoais, promovendo a evolução pessoal e de outras consciências. O grande desafio de todo proexista é recuperar lucidez suficiente para aplicar ao longo da vida aquilo que foi planejado no plano extrafísico, uma vez que a maioria de nós tem praticamente nenhuma lembrança da proéxis pessoal, apenas intuições sobre algo a realizar ao longo da vida.
A inversão existencial é uma técnica pensada justamente para auxiliar os intermissivistas na recuperação da sua lucidez sobre sua proéxis e na manutenção de ações, escolhas e atitudes que contribuam para a realização da programação existencial, não é a única forma de atingir esse objetivo, mas é a mais otimizada. Quem realiza a proéxis alcança o completismo existencial.
Agora, imagine esse cenário, você fez Curso Intermissivo, estudou a si mesmo ou a si mesma em profundidade, escolheu a família em que iria nascer, definiu as metas e realizações mais importantes para que essa vida promova um salto na sua evolução consciencial, e quando nasce carrega praticamente nenhuma memória desse planejamento. O que fazer?
Invéxis e as inversões conscienciais
Diante do cenário apresentado anteriormente, muitas pessoas que fizeram Curso Intermissivo e possuem uma programação existencial a realizar são tragadas pelos fluxos da vida humana e, mesmo tendo uma sensação de missão de vida a cumprir, acabam se enrolando, procrastinando decisões importantes, ao ponto de chegar na meia idade ou na aposentadoria sem ter realizado nada do que veio fazer nesta vida.
Para evitar essa situação desagradável, a técnica da inversão existencial se estrutura em quatro inversões básicas que minimizam o efeito desse “apagamento de memória” provocado pelo renascimento humano e cria diretrizes para que o intermissivista aplicante da técnica da invéxis tenha mais chances de atingir o completismo existencial.
1. Inversão Existencial
A primeira inversão proposta pela invéxis é, como o nome da técnica já diz, a inversão da existência humana. Tal conceito propõe que a pessoa inicie ainda na juventude um planejamento de vida, além do convencional, visando a realização da programação existencial. Esse planejamento não se restringe ao mais comum, ou seja, planejar apenas a carreira, realizações pontuais como a aquisição de bens, acúmulo de capital, ou experiências específicas, mas um planejamento amplo que considere todas as áreas da vida, inclusive o desenvolvimento da autoconscientização multidimensional que permite ao inversor uma visão mais ampla da vida, considerando às múltiplas existências e a interação com as múltiplas dimensões.
O marco temporal que delimita a possibilidade de aplicar a invéxis são os 26 anos de idade. Nessa faixa etária acontece a conclusão do amadurecimento biológico do ser humano, a partir desse ponto podemos dizer que somos tecnicamente adultos. Então, se queremos promover mudanças profundas para melhor nos rumos da própria vida, o ideal é fazê-la enquanto ainda estamos amadurecendo biologicamente, quando nosso nível de flexibilidade e liberdade ainda é bem maior. Com essa maior liberdade somada ao planejamento e a autorreflexão antecipados, o inversor amplia suas chances de ser completista existencial nesta vida.
2. Inversão da Maturidade
Pela Conscienciologia, a maturidade não depende exclusivamente do amadurecimento biológico, mas principalmente da capacidade da consciência recuperar suas unidades de lucidez ao longo da vida intrafísica. Tais unidades de lucidez correspondem ao conhecimento, informações, habilidades e demais atributos que tínhamos disponíveis na condição de consciexes (consciência + extrafísica), mas que perdemos quando assumimos um corpo novo, recém-nascido, e com um cérebro a ser desenvolvido.
É como se fizéssemos o download destes atributos presentes em nosso paracérebro, para nosso cérebro físico. Na inversão da maturidade, o inversor existencial age proativamente para realizar a recuperação destas unidades de lucidez através da autopesquisa, da autorreflexão e do desenvolvimento do parapsiquismo. Dentre estas unidades de lucidez estarão informações valiosas sobre a proéxis pessoal.
3. Inversão Assistencial
Um dos conceitos-chave da invéxis é a antecipação da prática da assistência, pois só assim podemos doar genuinamente aquilo que possuímos de mais valioso, nossos talentos evolutivos. Quem deixa para se dedicar ao auxílio às demais pessoas apenas na aposentadoria pode não estar efetivamente doando algo de si, mas apenas distribuindo aquilo que acumulou ao longo da vida e não poderá levar consigo após a morte biológica, ou dessoma (descarte + soma, descarte do corpo físico).
Ao se dedicar à prática da assistência de maneira precoce, o inversor existencial desenvolve seus talentos evolutivos – muitas vezes apenas redescobre um talento que já possuía sem saber – o que leva a um entendimento maior da programação existencial pessoal, uma vez que a proéxis se assenta na utilização dos talentos pessoais para a prática da assistência enquanto estratégia evolutiva.
4. Inversão Energética
Para ter uma vida otimizada ao máximo para a realização de sua proéxis, o inversor deve considerar também a manutenção da sua vitalidade ao longo da vida, em especial na terceira e quarta idade. Para isso é preciso, primeiro levar bastante a sério o cuidado com o corpo físico, a manutenção da saúde é essencial nesse ponto, pois de nada adianta, por exemplo, desperdiçar o final da vida, um dos momentos mais produtivos da vida intelectual, com limitações provocadas por doenças que poderiam ser evitadas.
Além disso, existe um fenômeno do nosso holochacra – nosso corpo bioenergético – que ocorre com todos nós por volta da metade da vida em que há a inversão do fluxo das bioenergias que vitalizam nosso corpo. Até a primeira metade as bioenergias seguem um fluxo do extrafísico para o intrafísico vitalizando nossos corpos, a partir do início da segunda metade esse fluxo se inverte seguindo do intrafísico para o extrafísico acompanhando o envelhecimento e a nossa perda de vitalidade.
Ao trabalhar o desenvolvimento do domínio das bioenergias, somado ao cuidado com a saúde biológica, o inversor existencial consegue prolongar o fluxo de vitalização bioenergético mantendo a vitalidade pessoal por muito mais tempo, e por consequência tendo uma velhice muito mais produtiva.
Ao planejar sua vida visando a programação existencial, antecipar sua maturidade e recuperação de lucidez, praticar a assistência de modo precoce e prolongar sua vitalidade energética o jovem inversor dá exemplo de maturidade e de aproveitamento lúcido da juventude, mas existem diferenças entre a invéxis e a vivência de uma juventude lúcida.
Invéxis e o Jovem Lúcido
Uma pesquisa rápida na internet permite encontrar vários exemplos de jovens acima da média, realizando ações assistenciais, descobertas científicas, ações políticas, em resumo, fazendo a diferença para a construção de um planeta melhor desde a juventude. São exemplos positivos de como fazer uso da juventude de forma lúcida, mas não necessariamente um “jovem lúcido” será um inversor existencial.
Os aplicantes da técnica da invéxis seguem alguns princípios específicos que caracterizam a técnica. As transformações propostas pela invéxis partem em primeiro lugar de uma transformação pessoal, em que qualquer mudança do mundo para melhor começa com uma mudança para melhor da consciencialidade de quem propõe essa melhoria. Além disso, a técnica da invéxis segue como base o Paradigma Consciencial que propõe o entendimento da realidade como multidimensional, assentando esse entendimento em vivências práticas a partir do desenvolvimento do parapsiquismo.
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Para serem vivenciados, os princípios propostos pela invéxis exigem do inversor a utilização do atributo da autocrítica, o que é diferente da criticidade comum aos jovens mais críticos a sociedade em que vivemos, mas pouco críticos às próprias incoerências. A ausência de autocrítica pode ser exemplificada por jovens adeptos de hábitos de vida mais saudáveis como a prática de yoga, contato com a natureza e alimentação sem carne, mas que fazem uso regular de algum tipo de droga.
A autocrítica é a capacidade de a pessoa avaliar e reconhecer as próprias imaturidades e incoerências com lucidez e agir no sentido de reciclar tais posturas para algo mais maduro e positivo. A aplicação da técnica da invéxis e de seus fundamentos exige a máxima autocrítica do inversor existencial.
História da Inversão Existencial
E como foi concebida a ideia da técnica? A invéxis foi proposta pela primeira vez pelo médico, pesquisador e propositor da Conscienciologia Waldo Vieira, em 1946, que na época tinha 14 anos de idade. Contudo, devido à mentalidade conservadora daquele período não foi possível encontrar pessoas interessadas no assunto. Apenas na década de 1990 Waldo Vieira encontrou condições e pessoas disposta a discutir e experimentar a inversão existencial. Desde então tema vem sido estudado e debatido mais amplamente.
Lançamento da Invéxis
A apresentação pública da Técnica da Invéxis foi feita formalmente por Waldo Vieira em 1991 durante o I Congresso Brasileiro de Projeciologia, em Brasília (DF). A partir desse momento jovens que estavam estudando a Projeciologia – ciência também proposta por Waldo Vieira – passaram a debater e aplicar a técnica formando os primeiros grupos de inversores existenciais, espalhados por diversas cidades do Brasil e por outras localidades no exterior tais como Argentina e Estados Unidos.
Grinvex – o Grupo de Pesquisa sobre Inversão Existencial
Em 1992, formou-se o primeiro Grupo de Pesquisa sobre a Inversão Existencial – conhecido pelo termo Grinvex – na cidade do Rio de Janeiro, RJ, composto por jovens estudantes da Conscienciologia, voluntários do IIPC – Instituto Internacional de Projeciologia e Conscienciologia. Com o surgimento deste Grinvex, vários outros foram surgindo em outras capitais e cidades brasileiras, e fora do Brasil.
Publicações sobre Inversão Existencial
Apesar do lançamento oficial da Invéxis ter ocorrido em 1991, até aquele momento não havia nada escrito sobre a técnica e tal situação se manteria por mais alguns anos até que em 1994 foi lançado o tratado 700 Experimentos da Conscienciologia. Neste livro que reúne as bases da ciência Conscienciologia encontrasse a sessão nº 37 chamada Invexibilidade totalmente dedicada à fundamentação teórica do que vem a ser a inversão existencial.
Desde então vários outras publicações sobre invéxis vem sendo editadas tais como a revista Gestações Conscienciais, periódico dedicado a publicação de artigos de pesquisa sobre Invexologia, o Jornal da Invéxis, periódico que no momento não encontrasse em publicação, mas que por muitos anos teve a função de atualizar os diferentes grupos de inversores sobre as últimas novidades da Invexologia, o livro Inversão Existencial, publicado em 2010 que traz conteúdo acessível aos interessados em conhecer e iniciar a aplicação da invéxis.
Além destas publicações, também é possível encontrar muitos verbetes sobre de Invexologia na Enciclopédia da Conscienciologia.
Se você se interessou por esta técnica e deseja conhecer mais detalhes sobre a invéxis, acesse os conteúdos do nosso site, acompanhe nosso canal no Youtube e fique ligado em nossa agenda de eventos e cursos, a ASSINVÉXIS promove constantemente atividades sobre inversão existencial.