Descubra como jovens podem superar o egocentrismo, crescer pessoalmente e fazer a diferença no mundo, ajudando outras pessoas em suas jornadas.

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Cultura do Egocentrismo

Ninguém vive sozinho, isto é um fato. A tendência humana natural é viver em sociedade e cultivar interrelações o tempo todo.

Todos nós necessitamos de vários indivíduos em nossa vida diariamente:

  • o pão que consumimos no café da manhã foi produzido por outras pessoas;
  • o lixo que eu gero é recolhido semanalmente por outras pessoas;
  • o celular que eu uso foi desenvolvido por outras pessoas;
  • o conhecimento científico que utilizo para aprender foi descoberto e publicado por outras pessoas, e assim por diante.

Entretanto, mesmo com tantos facilitadores, é comum haver a perpetuação de uma certa Cultura do Egocentrismo na sociedade atual, a responsável por grande parte das tendências antievolutivas que presenciamos todos os dias.

Essa cultura egocêntrica se manifesta através de diversas posturas comumente observadas em nosso dia a dia, em que muitas vezes se prioriza interesses indivuais em detrimento das necessidades grupais, quando, por exemplo:

  • um líder político opta por realizar lavagem de dinheiro ao invés de investir adequadamente na consolidação de uma obra civil;
  • um estudante, ao invés de auxiliar outros colegas com dificuldade de estudarem para a prova, mantém o conhecimento só para si para se sentir melhor que os outros;
  • um trabalhador, ao invés de auxiliar sua equipe nas demandas grupais em horários extras, faz tão somente a sua parte do serviço e, no término do expediente, sempre é o primeiro a ir embora.

Algumas dessas atitudes talvez até mesmo a gente já tenha tido em algum momento da nossa vida, até mesmo de forma inconsciente, o que nos leva a nos questionar:

Por que, mesmo estando inserido em diversos grupos, tendemos a priorizar somente o próprio ego?

Sendo algo lógico a evolução de uma sociedade ocorrer quanto mais cada integrante dela pensa no bem-estar e nas necessidades dos demais, por que, então, não é isso que predomina nela?

Se eu olhar mais para o que as outras pessoas estão precisando, não estarei contribuindo mais com a evolução delas que tendo posturas indivualistas?

Considerando que eu sou jovem, não quero mais ser egocêntrico e quero ajudar mais as outras pessoas pensando na nossa evolução conjunta, qual é a melhor forma de fazer isso?

Continue acompanhando a leitura, pois são essas perguntas que iremos explorar, debater e refletir ao longo deste artigo.

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Autopolidez Evolutiva

O primeiro ponto é entender a importância de sair de si (do foco no eu, no ego) e por que fazer isso. Para isso, vamos fazer uma analogia: a sociedade é um enorme sistema, composto por inúmeras peças semelhantes a engrenagens que o fazem funcionar conforme vão girando. Estas engrenagens somos nós, indivíduos.

Quando encontramos um local de encaixe adequado e conseguimos nos polir em termos de qualificação pessoal, o mecanismo gira melhor.

Algumas engrenagens estão mais polidas e bem encaixadas, como é o caso daquele indivíduo que respeita a todos, é educado, benevolente, olha para o que o mecanismo precisa em termos de necessidades, visando a evolução dessa sociedade.

Outras estão mais enferrujadas e mal encaixadas, por exemplo aquele indivíduo que é mal-educado, briga com os outros por qualquer motivo, sabota os trabalhos alheios, busca se sentir superior, prioriza somente seus interesses egoístas, e não olha para as necessidades dos demais.

Não existe engrenagem perfeita, porém existem diversas formas de nos polirmos para girar de modo mais eficiente. E a principal reflexão a ser feita é esta: o quão enferrujado ou encaixado eu estou dentro deste mecanismo, e o que posso fazer para melhorar?

Infelizmente, ainda há grande quantidade de engrenagens enferrujadas e mal encaixadas na sociedade, dificultando o aumento da eficiência do sistema.

E o egocentrismo é justamente o que mais enferruja e dificulta o encaixe. Se eu estou inserido num mecanismo social maior, mas olho somente para mim, não estou contribuindo adequadamente para o trabalho das demais peças desse mecanismo.

É como se eu me colocasse como maxipeça dentro de um minimecanismo, e não uma minipeça dentro de um maximecanismo evolutivo.

“Ah, então o que eu preciso fazer é polir as outras peças e encaixá-las melhor no sistema?”

O ponto principal é que não tem como polirmos e encaixarmos uma outra engrenagem à força em determinado local desse maximecanismo, pois não temos visão de conjunto suficiente para entendê-lo como um todo.

Fugindo um pouco da analogia: não tem como ditarmos o que é certo e errado para os outros e obrigá-los a mudarem, cada um sabe o que é melhor para si. É antiético querermos impor nossa vontade e opinião a outra pessoa.

Porém, retornando à analogia, o que podemos fazer é dar o exemplo a partir da autopolidez evolutiva: eu vou olhar para o que preciso melhorar enquanto engrenagem neste mecanismo, para aumentar minha eficiência dentro dele e, a partir disso, auxiliar outras engrenagens a girarem melhor.

O que pode sempre ser feito é nos qualificarmos enquanto indivíduos, predominando nossas qualidades positivas, eliminando posturas negativas e desenvolvendo novas competências, de modo a dar o exemplo aos demais.

A maior ajuda que podemos prestar a alguém é o nosso exemplarismo, a partir da interassistência.

Não temos o direito de dizer o que é melhor para o outro, mas temos o dever de auxiliá-lo a descobrir o que é melhor.

Equipamento de metal

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Egocentrismo e necessidades pessoais

O problema é que não dá para ajudar os outros se eu não estou em paz comigo mesmo. Aí entra a importância de olharmos para o nosso egocentrismo compulsório.

O egocentrismo compulsório representa as necessidades mínimas do ego, das quais a consciência, enquanto estiver viva, não pode fugir. São as necessidades pessoais para as quais ela é obrigada a olhar se quiser evoluir adequadamente.

Eis alguns aspectos que estão incluídos no egocentrismo compulsório das pessoas ou conscins (consciências intrafísicas, pessoas e seres vivos):

1 – Sono. A pessoa não consegue evoluir adequadamente sem calçar as necessidades básicas do próprio corpo físico, dentre elas o sono, base para uma saúde física, energética, emocional e mental adequada.

2 – Alimentação. A pessoa não consegue evoluir adequadamente sem se alimentar, especialmente de modo saudável e nutritivo, reabastecendo o corpo com energia e permitindo um desenvolvimento salutar.

3 – Exercícios. A pessoa não consegue evoluir adequadamente sem exercícios físicos e mentais que estimulem constantemente as funções fisiológicas pessoais, melhorando os diversos sistemas do organismo.

4 – Afetividade. A pessoa não consegue evoluir adequadamente sem realizar trocas emocionais sadias consigo e com os outros, necessitando cultivar amizades positivas, boas relações com os familiares e estabelecer um relacionamento afetivo-sexual duradouro, feliz e saudável, pautado no discernimento, a exemplo da dupla evolutiva.

5 – Energias. A pessoa não consegue evoluir adequadamente sem conhecer sobre o potencial das próprias energias conscienciais e sem realizar as devidas desassimilações de energias captadas nos diversos ambientes por onde passa, necessitando aprender a mobilizar e utilizar de modo cosmoético os próprios atributos e técnicas energéticas, a exemplo do estado vibracional (EV)

6 – Autopesquisa. A pessoa não consegue evoluir sem buscar e desenvolver novos conhecimentos sobre si própria e as demais realidades ao redor, seja a partir do estudo formal ou, principalmente, a partir do autodidatismo com relação às ideias evolutivas.

À medida que estas condições vão sendo calçadas pelo indivíduo, pode-se concluir que ele já não precisa olhar somente para si, pois está mais saudável em termos conscienciais.

E se parar para pensar, não há nada de extraordinário nos hábitos e condições citados acima. Qualquer pessoa consegue se qualificar nestas áreas.

A evolução é universal. Todos estamos sujeitos às mesmas leis evolutivas neste planeta. E se já estou conseguindo calçar bem as minhas condições, posso ajudar outras pessoas que estão com maior dificuldade em alguma dessas áreas.

Interassistência: ferramenta contra o egocentrismo

Mas aí voltamos ao problema central: o egocentrismo. Muitos seres humanos têm o seu egocentrismo compulsório minimamente ou até bem assentados, porém ainda priorizam a si próprios demasiadamente.

A interassistência é a principal ferramenta para eliminar o egocentrismo, pois obriga a pessoa a sair de si. Dentro da Conscienciologia, o termo que utilizamos para isso é egocídio (anulação do Egão patológico da consciência).

Quanto mais se investe no olhar para as necessidades evolutivas alheias, ou seja, quanto mais realizamos assistência, melhor a consciência se sente intimamente. Quer ver como?

Segue um ciclo lógico que podemos abordar aqui para expandirmos um pouco o entendimento sobre bem-estar pessoal e coletivo a partir da interassistência: o ciclo autopesquisa-autocognição-autossuficiência-autopacificação-autodoação.

1 – Autopesquisa. Quanto mais me pesquiso e me investigo, mais entendo sobre como eu funciono. Isto traz maior conhecimento sobre como eu e a realidade à minha volta funcionamos (autocognição).

2 – Autocognição. Quanto mais autocognição eu tenho, mais suficiente eu fico, pois aprendo a agir e lidar melhor nas diversas situações da vida, ficando menos dependente do auxílio externo nesse aspecto (autossuficiência).

3 – Autossuficiência. Quanto mais suficiente eu fico, mais permaneço satisfeito comigo mesmo e maior paz íntima eu desenvolvo, pois percebo que estou assumindo meu processo evolutivo por conta própria e aprendendo a evoluir de modo autônomo (autopacificação). Isso traz um bem-estar pessoal maior.

4 – Autopacificação. Quanto maior minha paz íntima, menos autoconflitos sustento, o que me faz ter mais condições de sair de mim (egocídio) e doar aquilo que tenho de bom, ou seja, meus traços-força (trafores), para outras consciências progredirem neste ciclo (autodoação).

5 – Autodoação. A autodoação é realizada a partir do investimento na interassistência. Quanto mais eu realizo assistência, mais percebo certas lacunas de manifestação que ainda preciso preencher ou qualificar, necessitando retornar à etapa da autopesquisa. E o ciclo se inicia novamente.

Existe um princípio conscienciológico chamado princípio da interassistência, que diz o seguinte: O menos doente assiste o mais doente. Esse princípio deve ser entendido não somente no sentido de doença física, mas principalmente de doença consciencial. Ou seja, quando o problema de saúde ocorre em determinado tipo de manifestação da consciência, seja física, energética, emocional ou mental.

Devido às singularidades que cada um de nós temos, somos menos e mais doentes que outras pessoas em diferentes aspectos.

Sendo assim, é fundamental priorizarmos a manifestação dos nossos traços conscienciais mais sadios para auxiliar quem ainda carece de maiores cuidados que a gente. E, da mesma forma, sendo a gente mais doente que outras pessoas em algum aspecto, também é importante estarmos abertos para receber a ajuda delas, a fim de nos tornarmos melhores.

Exatamente por isso que este é o princípio da interassistência, porque sempre é uma troca entre consciências, uma troca a maior.

Mesa com livros em cima

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Interassistência na prática

E na prática, como posso realizar esta interassistência?

Seguem alguns exemplos do que pode ser feito para entendermos na prática o que é ser assistencial:

1 – Voluntariado. Especialmente o voluntariado conscienciológico (da Conscienciologia, pautada no paradigma consciencial), objetivando difusão de ideias de ponta, reflexivas, libertárias, apartidárias e antidogmáticas, sem imposição, pautadas na tares (tarefa do esclarecimento).

2 – Docência. Especialmente a docência conscienciológica, a partir da transmissão de ideias como as contidas neste artigo, para outras consciências compreenderem mais sobre a autorrealidade, usando como base o paradigma consciencial.

3 – Suporte. Suporte emocional a amigos, familiares e colegas, auxiliando na manutenção de relação harmoniosa entre as consciências.

4 – Exteriorização. Exteriorização sadia de energias, mantendo higidez dos próprios pensamentos, sentimentos e energias (pensenes) e objetivando melhora dos ambientes e pessoas por onde passar.

5 – Escrita. Escrita de temas originais a respeito da evolução, a partir do estudo e aprofundamento das ideias conscienciológicas. A escrita conscienciológica também é chamada de Gesconografia.

Lembra quando falamos de ter uma postura exemplarista com os outros? Essas são algumas posturas bastante exemplaristas para os demais.

Abnegação cosmoética e ganho evolutivo

Observe que todas as atividades acima estão relacionadas com o olhar para o outro, e não só para si mesmo. O verdadeiro jeito de deixarmos de priorizar apenas nosso ego é priorizar as necessidades evolutivas do outro (abnegação cosmoética).

Quando a pessoa tem predominante o egocentrismo na sua manifestação, ou apenas realiza assistência se receber algo em troca, acaba empacando em alguma das etapas do ciclo que abordamos, porque não entende ou simplesmente não aceita que a realidade evolutiva na qual estamos foi feita para ajudarmos uns aos outros incondicionalmente.

Lá no fundo, isso traz conflitos intraconscienciais velados, encriptados, que dificultam o avanço da consciência.

Se apenas ajudarmos alguém esperando retorno, perceberemos que muitas vezes esse retorno não virá por parte do outro. E está tudo bem ser assim. Pois aceitar este fato e persistir no processo assistencial trará um ganho muito mais valioso do que qualquer bem material, status ou prestígio social: o ganho evolutivo.

Competências autoqualificadoras

Isso trará, com o passar do tempo, muita maturidade, e permitirá o desenvolvimento de várias competências autoqualificadoras, a exemplo destas cinco:

1 – Autoconfiança. Reconhecimento das potencialidades pessoais e uso destas em prol dos outros sem medos ou receios bloqueadores.

2 – Fraternidade. Manifestar maior nível de respeito, benignidade e satisfação benévola perante toda e qualquer consciência.

3 – Autocontrole emocional. Frente a reprovações ou reações negativas, manter a homeostase íntima visando a melhora gradativa de si e do outro.

4 – Estofo energético. Menor nível de desgaste energético por priorizar a saúde consciencial sua e dos demais.

5 – Empatia. Conseguir se colocar no lugar do outro sempre que necessário, compreendendo a condição atual do assistido.

Aplicando isso, a esperança de que o outro te dê algo em troca é anulada. No entanto, não é por isso que você vai deixar de se qualificar e auxiliar os outros a se qualificarem também, visto que é o melhor para a sociedade como um todo.

Além disso, quanto mais olhamos para a autoqualificação nos diversos aspectos da vida (físico, energético, emocional e mental), menos doentes ficamos, então teremos condição de ajudar cada vez mais os outros.

Pingente em formato de coração

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Conclusão

Felizmente, todas as competências discutidas neste artigo, entre outras, podem ser desenvolvidas desde a juventude por aqueles interessados em evolução pessoal e grupal. A principal ferramenta ao nosso alcance para isso é a técnica da inversão existencial, ou invéxis.

A invéxis é uma técnica de vida pautada na Conscienciologia, que objetiva a otimização máxima da vida humana desde a juventude , a partir da qualificação pessoal, do entendimento da realidade multidimensional na qual estamos inseridos, e na interassistência precoce através da anulação do egocentrismo pessoal.

No entanto, estagnar é mais fácil do que buscar a evolução em nosso planeta. Para contrariar os mecanismos antievolutivos da sociedade e evitar influências negativas, é sensato optar por uma técnica evolutiva que ajude a encarar seriamente nossa condição atual.

Para isso, é importante aplicar o Princípio da Descrença:

Não acredite em nada, nem mesmo no que foi abordado neste artigo. O inteligente é fazer pesquisas pessoais sobre o tema e ter as próprias experiências.

A fim de explorar mais a técnica da invéxis, convido você, leitor ou leitora, a acessar outros artigos do site da ASSINVÉXIS, instituição responsável por expandir o conhecimento sobre a Invexologia, a ciência que estuda a inversão existencial.

A ASSINVÉXIS promove várias atividades gratuitas e cursos pagos que tratam sobre a evolução desde jovem, utilizando a invéxis. Essas atividades ocorrem tanto online quanto presencialmente em Foz do Iguaçu-PR.

Se você deseja saber mais sobre a técnica da invéxis, entre em contato conosco pelo WhatsApp, e também acompanhe o canal da ASSINVÉXIS e o Podcast Inteligência Evolutiva no YouTube. Aguardamos você!

Referências:

1. Vieira, Waldo; Assistência sem Retorno; verbete; In: Vieira, Waldo; Org.; Enciclopédia da Conscienciologia; Verbete N. 580; apresentado no Tertuliarium / CEAEC, Foz do Iguaçu, PR; 27.06.2007; disponível em: <http://encyclossapiens.space/buscaverbete/>; acesso em: 14.09.2024.

2. Idem; Autabnegação Cosmoética; verbete; In: Vieira, Waldo; Org.; Enciclopédia da Conscienciologia; Verbete N. 358; apresentado no Tertuliarium / CEAEC, Foz do Iguaçu, PR; 08.10.2006; disponível em: <http://encyclossapiens.space/buscaverbete/>; acesso em: 14.09.2024.

3. Idem; Egocentrismo Compulsório; verbete; In: Vieira, Waldo; Org.; Enciclopédia da Conscienciologia; Verbete N. 943; apresentado no Tertuliarium / CEAEC, Foz do Iguaçu, PR; 29.08.2008; disponível em: <http://encyclossapiens.space/buscaverbete/>; acesso em: 13.09.2024.