“Não quero ter filhos” é uma decisão difícil para a mulher e que ainda é tabu na nossa sociedade. Confira abaixo algumas reflexões para te ajudar neste processo.

Infância e filhos

Qual foi o primeiro brinquedo que você ganhou quando era criança? Ao se deparar com essa pergunta, grande parte das mulheres responderão: uma boneca.

Nós, mulheres, passamos por um minucioso treinamento de como ser uma boa mãe e cuidar bem dos filhos: ganhamos bonecas, roupinhas para vesti-las, banheira para dar-lhes banho, pente para pentear-lhes os cabelos, enfim, inúmeros apetrechos que nos mostram como cuidar de um bebê.

Não quero ter filhos: uma boneca com seu bebê

O único item que falta nesse amontoado de bugigangas é a seguinte pergunta: será que realmente queremos ter filhos? A resposta a essa pergunta não é fácil, principalmente porque na atualidade existe um conceito no imaginário coletivo de que uma mulher só se sentirá completa e realizada em sua vida a partir do momento em que ela sentir o amor incondicional ao seu primeiro filho.

Esse conceito é pouco discutido e questionado, pois a mulher, ao fazê-lo, é fortemente retaliada pela sociedade em geral. Indagações como: “você não quer ter filhos? Que egoísmo de sua parte.” ou “você vai se arrepender daqui há um tempo” ou ainda “você está indo contra a natureza da mulher”. Tudo isso como se houvesse um manual dizendo: “Como ser uma boa mulher de acordo com as leis da natureza”.

Mas, o que se pode indagar quando alguém questiona o porquê de não ter filhos é o seguinte: “A pergunta não deveria ser o contrário: por que ter filhos?”.

Vejam bem, isso não significa ser contra ter filhos, pois cada um tem direito às suas escolhas. Portanto, o significado dessa pergunta se refere ao fato de que infelizmente em nossa sociedade atual, a decisão de ter filhos é menos refletida do que a decisão de não ter. Assim, as pessoas acham que o natural da vida é nascer, crescer, reproduzir e morrer, e não questionam se poderiam fazer algo diferente desse padrão. Por isso a decisão “não quero ter filhos” é algo que as pessoas não estão acostumadas a ouvir ou lidar.

A Mulher que diz “não quero ter filhos”

Muitas mulheres não se sentem aptas ou interessadas a criar um outro ser humano, mas o fazem por falta de reflexão com relação ao que a escolha de ter um filho acarreta para a vida da pessoa. Por isso, escolher ter um filho precisa ser decisão muito bem pensada e refletida, e não algo como “Casei, agora preciso de ter filhos”.

Na verdade, em muitas casos, se formos analisar os motivos pelos quais algumas pessoas têm filhos, podemos observar que são bem mais egoístas do que pessoas que optam por não tê-los:

  • Para ter companhia;
  • A fim de ter quem cuidar deles quando ficarem velhos;
  • Com a intenção de que os filhos concretizem sonhos que os pais não conseguiram realizar.

Nesses casos os filhos não são criados para lidar com a vida, mas sim para atender aos desejos e necessidades dos próprios pais. Uma pessoa pode ser muito feliz com um filho, mas outras pessoas nem tanto. Mas, e se para você, for muito mais gratificante se dedicar a centenas de pessoas, ministrando cursos, palestras, fazendo assistência a grupos de pessoas ao invés de ajudar a uma pessoa só: um filho?

Filhos: ter ou não

Inversão Existencial: uma nova lógica para a vida

A Inversão Existencial ou invéxis é uma técnica de planejamento máximo da vida humana, fundamentada na Conscienciologia, aplicada desde a juventude, objetivando o cumprimento da programação existencial, a assistência e a evolução.

Nesse sentido, uma das evitações principais da invéxis é o ato de ter filhos. Nem sempre a decisão de não ter um filho é fruto de egoísmo. Pelo menos não para aqueles que aplicam a técnica da Inversão Existencial.

Na invéxis, o objetivo de otimizar ao máximo a evolução envolve principalmente não estacionar na sua programação existencial por um período médio de 20 anos no qual o indivíduo que opta por ter filhos precisa focar na criação destes.

Porém, optar pela técnica da inversão existencial é uma escolha que envolve não apenas a decisão de não ter filhos, mas sim inúmeros fundamentos que existem com o intuito de ajudar a pessoa interessada a acelerar ao máximo sua evolução.

A decisão de não ter filhos não é feita com o intuito da pessoa usar o seu tempo livre para fazer tarefas improdutivas ou hedonistas, pelo contrário: a evitação de ter filhos existe para que a pessoa tenha mais tempo livre para se dedicar ao que chamamos de gestações conscienciais.

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Gestações conscienciais: obras em prol da humanidade

As gestações conscienciais, são obras cuja criação tem como objetivo fazer assistência de maneira positiva para um grande número de pessoas.

Isso significa que o tempo livre que a pessoa tiver – ao decidir por não ter filhos – será aproveitado para otimização da sua programação existencial, o que é uma decisão, primeiramente, altruísta e não egoísta como muita gente pode pensar. Ou seja, a pessoa abre mão de ter filhos para poder se dedicar a ajudar ao maior número de pessoas possível.

Sob o mesmo ponto de vista, o prioritário na técnica da Inversão Existencial é praticar a tarefa do esclarecimento, na qual o indivíduo faz a assistência procurando deixar o outro o mais independente possível, evoluindo “a partir de suas próprias pernas”.

Filhos: ter ou não

É claro que esse tipo de assistência também pode ser feita a um filho, mas não em atacado, que é uma das prioridades da invéxis.

Assim, na invéxis, o aplicante opta por fazer uma assistência a maior, procurando atingir o máximo de pessoas possíveis e sempre priorizando esclarecer a essas pessoas em vez de apenas consolar: a pessoa ensina a pescar em vez de dar o peixe.

As mulheres que aplicam a invéxis e se posicionam no sentido de “não quero ter filhos” estudam bastante a condição da antimaternidade sadia, que seria essa opção de deixar de ter filhos para investir seu tempo em um bem maior.

Para aqueles que se sentirem interessados em conhecer mais, podem procurar a Associação Internacional da Inversão Existencial (ASSINVÉXIS), instituição da Conscienciologia cujo foco é estudar a Inversão Existencial.

Por fim, deixo aqui a seguinte questão: para você, de qual maneira você se sentirá mais completa no final de sua existência:

  • Olhando para trás e vendo que criou bem um filho para a vida?
  • Ou fazendo inúmeras obras que farão assistência a milhares de pessoas?

Igualmente, para aquelas que se sentirem interessadas em aprofundar na aplicação da técnica da invéxis pela mulher, segue recomendação de vídeo:

[embedyt] https://www.youtube.com/watch?v=Zrq2zXJdSEY[/embedyt]

E você já vivenciou alguma reação inesperada quando disse a alguém “não quero ter filhos”?

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Referências
1. NONATO, Alexandre et al. Inversão Existencial. 1ª edição. Editares. Foz do
Iguaçu-PR, 2011.
2. BORGES, Pedro. Planejamento de vida desde a juventude. Disponível em:
< http://assinvexis.org/planejamento-de-vida-desde-juventude/>. Acesso em 01
ago. 2017.
3. Filhos não, obrigado. ISTOÉ. Disponível em: http://istoe.com.br/373521_FILHOS+NAO+OBRIGADO/>. Acesso em 01 ago. 2017.