Veja cinco dicas que nunca te contaram sobre como aproveitar sua viagem de intercâmbio com maturidade.

Independentemente de sua faixa etária ou nacionalidade, é muito improvável não ter ouvido falar em intercâmbio. Atualmente existem vários tipos e para diferentes finalidades e gostos, desde intercâmbios acadêmicos, escolares e profissionais até de voluntariado.

Intercâmbio

O intercâmbio refere-se a relações comerciais, culturais e educacionais desenvolvidas de modo recíproco entre nações ou instituições. Nas últimas décadas tornou-se muito acessível e valorizado no mundo todo por qualificar os estudantes e profissionais, além de instituições e empresas. 

Imagens de pontos turísticos do mundo todo onde se pode fazer intercâmbio
Fonte: Google Imagens

Benefícios do Intercâmbio

Em especial na juventude, sair de casa para ter essa experiência internacional temporária é muito valiosa para desenvolver a maturidade, o traquejo para lidar com imprevistos e se adaptar a outras realidades, a ampliação do autoconhecimento e do senso de responsabilidade.

Para que isso ocorra e o saldo do intercâmbio seja positivo, a responsabilidade é principalmente do jovem, desde a intenção inicial de entrar nessa jornada até o discernimento e lucidez para lidar com as situações estando fora de sua zona de conforto. 

Posturas imaturas no Intercâmbio

É comum nessa fase da vida ter entusiasmo e deslumbramento demasiados, sobretudo ao embarcar em uma experiência internacional. Muitos jovens se empolgam com a ideia de não serem conhecidos no local, de não precisarem sustentar nenhuma imagem pretérita e se jogam na farra para criar memórias que sustentem seus ideais de como aproveitar a vida. 

Nesse contexto, partindo do princípio questionável de que “só se vive uma vez” (you only live once – yolo), procuram fazer e experimentar tudo o que não têm coragem de realizar na própria cidade. Normalmente está relacionado a promiscuidade, riscomania e uso de álcool e outras drogas. Essa necessidade de extravasar apenas demonstra a falta de autenticidade e autocrítica, além de explicitar a infantilidade que ainda carregam ao enaltecer os processos instintivos do corpo biológico e os modismos sociais irrefletidos.

Ao se estudar e entender sobre o desenvolvimento humano e os efeitos nas faixas etárias, destaca-se na juventude o exacerbamento emocional e a capacidade de tomar decisões precipitadas em virtude de áreas cerebrais ainda em formação e amadurecimento. (SIEGEL, 2014) 

Por isso, é de grande valia ao jovem procurar entender-se, ponderar sobre suas atitudes, questionar sua mesologia e os tradicionalismos e contribuir assistencialmente em seu cotidiano, esteja em sua cidade ou durante o intercâmbio, visando aproveitar e investir no seu desenvolvimento e amadurecimento, de forma protagonista e com liberdade de pensamento.

Postura madura pela Invéxis

Para os jovens mais sensatos, desejosos em acelerar suas conquistas e aproveitar ao máximo a vida, existe uma proposta chamada Inversão Existencial. A inversão existencial é uma técnica para otimizar ao máximo a vida através de um maxiplanejamento embasado em princípios da Conscienciologia, e pela qual prioriza a interassistência visando a evolução pessoal e grupal.  

Quem aplica a técnica procura pautar comportamento pessoal na inteligência evolutiva, por isso, ao se pensar em fazer um intercâmbio, há a intenção de realizar um investimento evolutivo e não uma fuga de problemas e autenfrentamento. 

Durante o intercâmbio, há oportunidade singular de desenvolvimento pessoal, pois ao estar sozinho em outro país, pode-se realizar uma imersão na própria intraconsciencialidade sem as influências do contexto mesológico cotidiano.

Pensando dessa forma, seguem 5 dicas importantes para você aproveitar seu intercâmbio:

1. ESTUDE SOBRE A CULTURA LOCAL

Uma boa adaptação à nova realidade e modo de viver acontece por iniciativa do intercambista. Por isso, é muito interessante estudar sobre a história e cultura local para entender o modo de pensar e funcionar das pessoas e sociedade. Essa preparação prévia ajuda a diminuir os choques culturais.

Também é essencial saber “onde está pisando” e principalmente ter informações e conhecimento para poder discernir o que é da sua personalidade e o que é interferência externa, do modo de pensar da cultura, das pressões mesológicas locais.

Portanto, “viaje” para o país antes através da imersão nos estudos sobre o local e seu intercâmbio. Por exemplo, se vai realizar uma graduação sanduíche, pesquise sobre a universidade em que estudará, as matérias, possíveis contatos importantes, oportunidades e serviços oferecidos. Além de outros assuntos como regras de etiqueta, tipos de lazer, gírias faladas, hábitos gerais, tradições e etc.

2. TENHA CLAREZA DO SEU PROPÓSITO

Para aproveitar bem o tempo no exterior, tenha objetivos e metas claras. Para ter um saldo realmente positivo e concentrar seus esforços, é importante saber o que se quer aprender e tirar dessa experiência.

Seus objetivos serão um norte para definir sua rotina e auxiliar na tomada de decisões a fim de concretizá-los. Alguns exemplos podem ser: atingir um determinado nível de proficiência no idioma; treinar alguma habilidade ou desenvolver algum traço; ampliar seu conhecimento histórico e cultural; se preparar para conseguir um emprego ou realizar especialização em uma segunda viagem no futuro àquela cidade ou país.

3. ESCOLHA SUAS AMIZADES MAIS PRÓXIMAS

Uma grande oportunidade no exterior é a de melhorar a convivialidade através das interrelações multiculturais, desenvolvendo a flexibilidade necessária para a manifestação pessoal e interações em outro país.

Para isso é interessante morar com estrangeiros e fazer amizade com nativos para poder desenvolver e aperfeiçoar o idioma falado. Assim como o intercambista é instigado a compreender consciências de com outras culturas e realidades, deve-se usar a autocrítica e a cosmoética ao prestar atenção nas regras e hábitos do grupo para se adequar, mas sem fugir dos seus princípios pessoais.

Curta e aproveite a imersão sem excessos de uso de redes sociais e contatos excessivos com pessoas que estão no Brasil. Estar atento ao “aqui e agora” acrescenta mais e ajuda a manter o foco. 

Por último e mais importante: escolha de forma lúcida as suas amizades mais próximas. Isso pode funcionar como porto seguro se as pessoas do local forem muito desequilibradas. Assim as amizades sadias propiciam acoplamentos sadios, assuntos mais produtivos e manutenção da homeostase pessoal através de trocas positivas.

O seu círculo mais próximo precisa estar alinhado aos seus valores pessoais, afinidades sadias e evolutivas e objetivos e metas que quer alcançar. A escolha das companhias é muitas vezes banalizada, mas de extrema importância em qualquer fase da vida e local, em especial quando se está sozinho em outro país.

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4. APROFUNDE O CONHECIMENTO SOBRE COMO VOCÊ FUNCIONA

Estar longe da mesologia à qual está acostumado auxilia no aumento do nível de autocrítica pessoal ao conhecer outros pontos de vista para autoanalisar-se e contribuir para visão mais realista de si mesmo. “Os contrastes interculturais estimulam revisões de valores pessoais e de modos de viver.” (ARAKAKI, 2005, p. 57)

Desafiar-se a sair da zona de conforto, pré-dispondo-se aos obstáculos e novidades cotidianas de uma viagem internacional, derruba barreiras do que é certo ou errado e muda a forma de ver a si mesmo e o mundo. De acordo com Arakaki (2005, p. 57):

“Após anos ou até décadas acreditando que a sua educação, forma de agir e de viver eram as melhores, em viagens, a conscin pode descobrir padrões de manifestação mais atualizados, saudáveis e condizentes com a proposta da evolução.”

Portanto, a viagem é momento único para aprofundar o autoconhecimento. Para isso, não caia no automatismo. Reserve tempo para PENSAR, refletir, ajustar sua rotina, autogerir-se. Refletir sobre a semana, os acontecimentos, sobre como você está e as mudanças que quer implementar vão te auxiliar nesse processo.

5. TOME DECISÕES INTELIGENTES

É necessário evitar comportamentos e atitudes antiproéxis como boavidismo, drogas, promiscuidade e esportes radicais. Primeiramente, é interessante pesquisar e entender sobre isso e ver se realmente você quer estar nesse meio ou realizar essas coisas. Se isso não te causa maiores conflitos, use o princípio do “isso não é para mim” e siga em frente com seus objetivos e metas, sem titubear.

Outro ponto importante é previnir-se contra doenças, acidentes e gravidez indesejada. No caso da mulher, ao viajar sozinha, deve ter cuidados redobrados com a segurança pessoal, pois ainda encontra-se em condição de vulnerabilidade.

Procure ser você mesmo, tenha strong profile, para não ser influenciado pelo grupo. Em outras palavras quanto mais coerente consigo mesmo e autoconfiante, menos terá a necessidade de ser aceito por grupos que não compartilham dos mesmos valores que você.

Gostou desse texto? Quer saber sobre a experiência prática de intercâmbio de um inversor? Leia os artigos abaixo:

Experiências de Uma Inversora IN THE LAND DOWN UNDER

http://www.icge.org.br/wp-content/uploads/2018/09/Revista-Intercambio-N-3.pdf

Revista Gestações Conscienciais Volume VI – 2016 – Anais do XXVI SIG – artigo Inversor Intercambista de Lara Rezende.

REFERÊNCIAS

ARAKAKI, Kátia. Viagens Internacionais: O nomadismo da Conscienciologia. Foz do Iguaçu: Editares, 2005. 208 p.

SIEGEL, Daniel. Brainstorm: The Power and Purpose of the Teenage Brain. New York: Tarcher, 2014. 321 p.