Cicely Saunders foi enfermeira, assistente social, médica e escritora inglesa conhecida por seu trabalho e pesquisas sobre cuidados terminais também conhecido como cuidados paliativos, dedicando a sua vida ao alívio do sofrimento humano e contribuindo com o nascimento do movimento hospice. Você sabe qual o impacto do legado de Cicely Saunders à Humanidade e qual a sua relação com a Invexologia? Que tal aprender mais sobre essa personalidade?

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Cicely Saunders, 1974. 
Fonte: Cicely Saunders Archive 

Neste artigo, apresentaremos uma análise da vida de Cicely Saunders, pela visão da Invexologia, a partir dos seguintes tópicos:

  1. Uma breve biografia de Cicely Saunders e sua contribuição para a humanidade.
  2. Apresentação e esclarecimentos sobre a técnica da inversão existencial (invéxis).
  3. A relação entre o legado de Cicely Saunders e a invéxis.

Nascimento, infância e adolescência de Cicely Saunders

Para entendermos melhor quem foi Cicely Mary Strode Saunders, é importante conhecer um pouco sobre sua trajetória de vida. Cicely nasceu em Barnet, Londres, no dia 22 de junho de 1918. Era a filha mais velha de uma família rica e foi educada na Roedean School, desde os 10 anos de idade. A escola foi fundada com o objetivo de preparar as meninas para o ingresso nas faculdades femininas recém-inauguradas na época.

Cicely era uma criança alta e tímida e relatou ter vivido uma infância que não foi fácil, devido a muita tensão presente no ambiente familiar e a dificuldade de se encaixar na escola. Durante a sua adolescência se definiu como uma adolescente muito indisciplinada, e revelou que em sua vida começou a se sentir, realmente, feliz quando começou a graduação de enfermagem.

Contexto acadêmico e profissional de Cicely Saunders

Aos 20 anos de idade Cicely Saunders estudou política, filosofia e economia na Universidade de Oxford, mas em 1940, durante a II Guerra Mundial, interrompeu os estudos acadêmicos para se tornar enfermeira na Nightingale Training School do Hospital St Thomas de Londres, qualificando-se em 1944. 

Atuou como enfermeira durante alguns anos e tempos depois, devido a uma lesão nas costas Cicely, se viu obrigada a deixar a enfermagem e retornar para Oxford, onde se graduou e recebeu o Diploma de assistente social, e posteriormente trabalhou, durante 3 anos, no Hospital St Thomas.

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Certificado de qualificação de Cicely Saunders como enfermeira, emitido pelo General Nursing Council for England and Wales, 1944. Fonte: Cicely Saunders Archive

Encontro de Cicely com David Tasma: Inspiração para iniciar assistência no contexto da morte

Nessa época, Cicely conheceu David Tasma, um paciente judeu e polonês, que havia fugido do Gueto de Varsóvia e trabalhava como garçom. Esse encontro teve grande relevância, porque promoveu um efeito profundo na vida de Cicely Saunders. David havia sido diagnosticado com câncer avançado e não tinha familiares, apenas alguns poucos amigos para o acompanharem. Após a piora do quadro clínico, David foi transferido para outro hospital em outra parte de Londres, e Cicely, que antes o acompanhava como sua assistente social, passou a visitá-lo inúmeras vezes como amiga, nos dois meses que se seguiram, antes da sua morte.

“Nós nos conhecemos de uma forma bastante profunda nos dois meses que ele teve de vida. E havia, obviamente, uma necessidade tremenda da parte dele de dar algum sentido a sua vida, porque ele estava realmente, morrendo aos 40 anos de idade e se sentindo sem importância, irrelevante e que sua presença ali, não havia feito diferença.” (Entrevista com Cicely Saunders, 1971).

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       David Tasma, 1940. 
Fonte: Cicely Saunders Archive 

“ Quando ele morreu, ele me deixou seu dinheiro, e disse que era para a janela de um hospice (…) E depois, outra coisa que ele me disse se tornou parte da filosofia hospice. Um dia que ele parecia muito triste, e então me pediu: Você não pode fazer alguma coisa para me confortar?”. “Eu perguntei: bom posso ler algo para você ? E ele: “Não, eu apenas quero o que está em sua mente e em seu coração”. E embora ele realmente tenha dito apenas aquilo naquele momento, minha mente, depois, se desenvolveu para mostrar o que pessoas como ele precisam: É tudo o que podemos dar da nossa mente, cada habilidade, cada entendimento, mas também a amizade do coração.” (Entrevista com Cicely Saunders, 1971).

O contato com David foi um dos fatores que incentivou Cicely Saunders a realizar sua última graduação: medicina.

“Eu não mudei de rumo por escolha minha. No último ano da Guerra eu machuquei as costas e não podia mais cuidar dos pacientes (como enfermeira). Voltei a Oxford, terminei minha formação, que me concedeu um diploma que me habilitou como assistente social. Foram 3 anos de serviço social de volta ao St Thomas, e foi ali onde conheci David, e nos fez perceber que, talvez, algo mais pudesse ser feito (…) e os sinais começaram a surgir”. (Entrevista com Cicely Saunders, 1971).

Legado de Cicely Saunders à Humanidade

Cicely é conhecida por seu trabalho e pesquisas sobre cuidados terminais, apresentando importante papel no nascimento do movimento hospice, enfatizando a importância dos cuidados paliativos na medicina moderna e se opondo à legalização da eutanásia voluntária.

Ela se formou em 1957 e assumiu dupla função estudando o tratamento da dor de doentes terminais no Hospital St Mary’s, Paddington, e auxiliando no Hospital St Joseph’s, Hackney, administrado pelas Irmãs Católicas de Caridade. Assim, ajudou as freiras a melhorarem seu padrão de atendimento, além de desenvolver métodos de manutenção de registros em 1100 pacientes, introduzindo um sistema de cartão perfurado. 

A partir de 1959, Cicely começou a arrecadar fundos e a planejar a construção de um hospice moderno com base no compromisso com o atendimento clínico, ensino e pesquisa. Ela deu palestras pelo Reino Unido e Estados Unidos promovendo suas ideias e em 1966 recebeu mais de £ 400.000 para começar a construir o hospice em Londres. Em 24 de julho de 1967 o St Christopher’s Hospice foi inaugurado, com Cicely Saunders atuando como Diretora Médica, até 1985. Foi o primeiro serviço a oferecer cuidado integral ao paciente, promovendo o controle de sintomas, alívio da dor e do sofrimento psicológico. O St. Christopher´s é reconhecido como um dos principais serviços no mundo em Cuidados Paliativos e Medicina Paliativa. 

 No St Christopher’s, expandiu seus serviços para incluir cuidados domiciliares, promoveu estudos clínicos de controle da dor, defendeu a avaliação do trabalho do hospice e desenvolveu um centro de educação especializada. Ela continuou a dar palestras e a publicar regularmente, incluindo Care of the Dying (1960), Living with Dying (1983) e Beyond the Horizon: a search for meaning in suffering (1990).

Cicely trouxe a ideia de que “O sofrimento só é intolerável quando ninguém cuida.”, sendo assim, o trabalho do hospice, diz respeito a qualidade de vida, não importando quão curta ou longa possa ser a vida do indivíduo. Hospice, não significa um local, mas uma filosofia que reconhece e cuida com respeito dos sofrimentos globais do ser humano. Nas palavras de Cicely Saunders o hospice:

“ É algo que se encontra entre o hospital e a própria casa do paciente. Oferecendo mesmo um pouco de cada. Mas, a partir, do momento que o hospital especializado afirma: Não podemos fazer mais nada para realmente curar essa doença, você precisa de ajuda competente para controlar os resultados da doença e para dar a você a melhor vida possível.” (Entrevista com Cicely Saunders, 1971).

Cicely Saunders sentada sobre a “janela de David” no St. Chistopher’s Hospice, na Inglaterra.
Fonte:  End of life studies

Além dos cuidados dedicados aos pacientes terminais, Cicely Saunders escreveu muitos artigos e livros que até hoje servem de inspiração e guia para paliativistas no mundo todo. Eis a seguir, 10 publicações escritas por Cicely:

  • 1958: Dying of cancer. St Thomas’s Hospital Gazette
  • 1960: The management of patients in the terminal stage. In Cancer.
  • 1960: Care of the dying. London: Nursing Times reprint.
  • 1961: A patient. Nursing Times.
  • 1963: The treatment of intractable pain in terminal cancer. Proceedings of the Royal Society of Medicine.
  • 1963 Distress in dying. Letter. British Medical Journal.
  • 1965: The last stages of life. American Journal of Nursing.
  • 1966: The care of the dying. Guy’s Hospital Gazette.
  • 1967: The management of terminal illness. London: Hospital Medicine Publications.
  • 1967: St Christopher’s Hospice. British Hospital Journal and Social Service Review.

Entre seus muitos prêmios e homenagens estava o maior prêmio humanitário do mundo, o Prêmio Conrad N Hilton de um milhão de dólares, apresentado em 2001.

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Curiosidade: o que significa cuidados paliativos?

De acordo com a OMS (2002), Cuidados Paliativos é uma abordagem assistencial que promove a qualidade de vida de pacientes e seus familiares, que enfrentam doenças fora da possibilidade de cura, através da prevenção e alívio do sofrimento. Requer a identificação precoce, avaliação e tratamento da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual. Se trata de uma assistência promovida por uma equipe multiprofissional para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias.

O dia Mundial dos cuidados Paliativos é comemorado no segundo sábado de outubro e todo ano a The Worldwide Hospice Palliative Care Alliance (WHPCA), organização internacional não governamental que se concentra no desenvolvimento dos Cuidados Paliativos e Hospices no mundo, elege um tema para a campanha.

Final da vida de Cicely Saunders

Cicely Saunders faleceu em 14 de julho de 2005, aos 87 anos. Ela desenvolveu câncer de mama em seus anos finais e morreu pacificamente, sendo cuidada no St Christopher’s Hospice. Tornou-se grande referência em Cuidados Paliativos e revolucionou a maneira pela qual a sociedade cuida dos doentes, dos que estão à beira da morte e de suas famílias enlutadas.

Cicely Saunders, em 1981 – Entrevista – Uma vida dedicada aos Cuidados Paliativos

Qual e a relação entre invéxis e a vida de Cicely Saunders?

Apesar de Cicely Saunders não ter aplicado a técnica da inversão existencial em sua vida, a partir da sua assistência no âmbito dos cuidados paliativos, podemos observar aspectos relacionados à invéxis. Seu legado à humanidade incitou a reflexão sobre um tema essencial que permeia a nossa vida: a morte. Mas ela não se referiu a qualquer morte, ela se referiu a vivência da morte digna, da morte bem vivida pelas pessoas. A partir do seu exemplo, podemos refletir sobre como é possível vivenciar uma morte digna.

Como a Conscienciologia compreende a morte?

 Pelo prisma conscienciológico e invexológico, a morte da consciência, do self, da nossa essência, não existe. Na verdade, o que ocorre é o descarte do corpo físico, processo nomeado de dessoma (des: descarte + soma: corpo físico na linguagem grega). A partir dessa lógica, entendemos que o corpo humano é perecível, ou seja, tem prazo de validade, e a consciência é eterna, apresentando a oportunidade de aprender, a partir de inúmeras vivências do ciclo multiexistencial.

Cicely focou na promoção do bem-estar durante os últimos momentos da vida das pessoas doentes, antes de dessomarem e retornarem para a dimensão extrafísica.

Além da contribuição dos cuidados paliativos, é relevante refletirmos sobre o impacto das escolhas pessoais no decorrer da nossa vida. Uma vida bem vivida, com sentido e autolucidez trará como consequência uma dessoma mais equilibrada. Nesse sentido, a técnica da inversão existencial é uma ferramenta que pode contribuir com esse propósito. Para essa ideia ficar mais clara, é importante entendermos, primeiramente o que é a técnica da inversão existencial (invéxis). 

O que é invéxis?

A Invexologia é a especialidade da ciência Conscienciologia que estuda a aplicação e sistematização da técnica da invéxis.

A técnica da invéxis é uma técnica evolutiva para ser aplicada durante toda a vida e se inicia até os 26 anos de idade, de modo que o jovem otimize ao máximo o tempo de vida intrafísica em prol da assistência precoce e da concretização da programação existencial ou missão de vida planejada previamente no curso intermissivo antes de renascer.

Como ter uma morte ou dessoma digna?

Quem vive uma vida plena, com sentido e autolucidez, alcançará maiores chances de se manter dessa maneira na dimensão extrafísica, após o descarte do corpo humano. Isso porque a consciência não deixa de ser ela mesma, só porque dessomou e trocou de dimensão. Seus pensamentos, sentimentos e padrão energético se mantém parecidos, independente da dimensão em que ela se manifesta (seja a dimensão intrafísica ou extrafísica). 

Sendo assim, ao planejar de maneira técnica a vida, desde a juventude até a dessoma (o momento da morte), o aplicante da invéxis prioriza atividades assistenciais que o conduzam a manter ou aprimorar a qualidade de vida e saúde consciencial pessoal no decorrer da atual existência. 

Você sabia que…

Saúde consciencial se refere ao equilíbrio ou homeostase dos 4 corpos de manifestação utilizados pela consciência? Nesse contexto, a Conscienciologia propõe a existência de corpos de manifestação que compõe o Holossoma (holo = conjunto + soma: corpo). São eles: 

  1. Soma: corpo físico ou corpo humano.
  2. Energossoma: corpo energético.
  3. Psicossoma: corpo das emoções, também conhecido por outras linhas de conhecimento como “corpo espiritual”.
  4. Mentalsoma: corpo das ideias.

Nesse sentido, a saúde consciencial ou holossomática abarca o equilíbrio de todos os corpos e não apenas do soma ou corpo humano, que é o veículo predominantemente estudado pela ciência convencional focada na matéria. 

Eis a seguir, 4 antecipações proposta pela invéxis, contributivas à vivência da saúde consciencial e à dessoma homeostática/saudável:

  • Parapsiquismo: O desenvolvimento do parapsiquismo lúcido, desde a juventude, a partir da vivência pessoal da projeção consciente autopromovida (também conhecida como projeção astral), comprovando para si a inexistência da morte consciencial e eliminando, de uma vez, a tanatofobia (o medo da morte). Quem tem medo reage pelas emoções e quem compreende como a realidade multidimensional funciona se conduz pelo autodiscernimento. Quem compreende, aprende a desdramatizar. 
  • Autodidatismo: A antecipação dos estudos sobre a morte,  a partir de diferentes prismas, incluindo o paradigma consciencial (da ciência Conscienciologia), pelo jovem que reflete e avalia a realidade também a partir das próprias vivências, buscando discernir o que faz sentido para si. A leitura amplia a visão sobre o tema.
  • Autocrítica. A busca pelo autoconhecimento desde a juventude, permite a identificação do próprio mecanismo de funcionamento no dia a dia que impactarão, futuramente, na dessoma. O jovem aplicante da invéxis assume a autorresponsabilização pela própria vida e pela própria saúde consciencial, observando onde apresenta fissuras a serem trabalhadas, a exemplo do porão consciencial. A autocrítica imberbe ou juvenil, promove a profilaxia e prevenção de acidentes de percurso, objetivando a promoção da saúde consciencial e, consequentemente o alcance da dessoma homeostática. 
  • Assistência: A invéxis propõe que o inversor invista na ajuda às outras pessoas desde cedo, pois a contribuição com a evolução das consciências possibilita a experiências capazes de ampliar o autoconhecimento. É na interação com outras consciências que o jovem poderá identificar tanto habilidades/qualidades ou traços-força (trafores) pessoais impulsionadores da própria evolução, quanto defeitos ou  traços fardos (trafares) pessoais atravancadores da evolução pessoal e grupal a serem reciclados. Nesse contexto, é possível observar qual foi a reação pessoal frente a ajuda prestada a algum amigo ou familiar seu que já vivenciou o luto de um ente querido ou de um bicho de estimação. Que trafores ajudaram você a realizar essa assistência? E que trafares te atrapalharam em ser mais assistencial? Você já pensou como a escrita pode auxiliar várias pessoas a pensarem e a viverem suas vidas com maior nível de lucidez, a partir do compartilhamento das suas ideias mais assistenciais? 

As antecipações pró-evolutivas vivenciadas pelo aplicante da invéxis, a exemplo das 4 citadas acima,  aumentam as chances de concretizar a programação existencial, atingindo, assim, o completismo existencial (compléxis), condição que por si só evidencia êxito na atual existência e consequente euforia intrafísica (euforin) e euforia extrafísica (euforex) ao observar conquistas evolutivas alcançadas no decorrer da vida. 

Para refletir

Você, leitor ou leitora, prioriza a aplicação da técnica da inversão existencial na atual existência? Já refletiu sobre o impacto das escolhas pessoais na saúde consciencial e na condição dessomática futura?

O presente artigo apresentou breve explicação sobre a técnica evolutiva da inversão existencial. Para maiores informações, aprofundamento e esclarecimentos, sugerimos:

Referências:

  1. NONATO, Alexandre et al. Inversão Existencial. 1ª edição. Editares. Foz do Iguaçu-PR, 2011.
  2. ANCP, Dia Mundial de Cuidados Paliativos (2020). Disponível em: https://paliativo.org.br/cuidados-paliativos/dia-mundial-de-cuidados-paliativos-2020. Acesso em: 25/09/2021.
  3. ANCP, HISTÓRIA DOS CUIDADOS PALIATIVOS. Disponível em: https://paliativo.org.br/cuidados-paliativos/historia-dos-cuidados-paliativos. Acesso em: 02/09/2021
  4. OLVER, Chris. Short biography of Dame Cicely Saunders (1918-2005). 2015. Disponível em: https://cicelysaundersarchive.wordpress.com/tag/david-tasma/ . Acesso em: 26/09/2021. 
  5. Cicely Saunders, em 1981 – Entrevista – Uma vida dedicada aos Cuidados Paliativos. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=7sMoimPg390 Acesso em: 25/09/2021
  6. PAULA, Blanches de. Cuidados paliativos numa perspectiva brasileira: aspectos introdutórios e a contribuição das mulheres. Caminhando, v. 16, n. 2, p. 77-87, jul./dez, 2011. Disponível em: https://www.metodista.br/revistas/revistas-ims/index.php/Caminhando/article/viewFile/2812/2798.
  7. Vamos falar de Cuidados Paliativos 2014, Ohio Health Hospice, Columbus, Ohio, USA Copyright © 2015, Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Brasil.