Você sabe como identificar a manipulação nos relacionamentos, uma relação dominadora ou como se blindar contra a influência negativa dos outros?

A manipulação consciencial pode prejudicar o seu desenvolvimento pessoal e trazer outras consequências como: anular a manifestação dos seus traços força ou talentos pessoais e incitar a adoção de postura de vítima. Entenda neste artigo como evitar e se livrar das influências manipuladoras.

Manipulação nos relacionamentos

Manipulação Consciencial

A manipulação consciencial pode ser dividida entre a influência sadia entre consciências, cosmoética, e a manipulação anticosmoética, negativa. Neste artigo daremos o enfoque no aspecto da influência negativa de manipuladores em nossas vidas e como podemos nos realizar a profilaxia desses atos.

A manipulação consciencial anticosmoética é a ação ou efeito de manipular, influenciando, de modo inadequado, indivíduos ou a coletividade através de meios de pressão, mistificando e adulterando a realidade segundo interesses próprios.

Os relacionamentos entre pessoas pressupõem, pela própria natureza, certo nível de influência entre as pessoas.

No entanto, o que diferencia a manipulação anticosmoética da articulação sadia em prol dos outros é o nível de antidiscernimento e a intencionalidade patológica, como o interesse em atender a desejos egoicos.

Assim, a unidade de medida da manipulação anticosmoética é o desrespeito entre as pessoas, ligado diretamente ao nível de egoísmo pessoal.

Então, chegamos a classificação de 2 tipos de manipulações anticosmoéticas:

Manipulações Explícitas

São manipulações com uso de métodos explícitos de dominação, próprios dos atos coercitivos e de violência.

Manipulações Implícitas

São manipulações encobertas e mascaradas, difíceis de serem detectadas, e estrategicamente planejadas segundo técnicas específicas, quer seja no plano das ideias, emoções ou energias. Neste caso, o manipulador usa de artimanhas para, discretamente, levar o outro a pensar e agir segundo os interesses pessoais.

Receba as novidades sobre inversão existencial em primeira mão!

Para ambos os casos, entra o uso de poder sobre as pessoas ou situações a fim de ludibriá-las ou subjugá-las, com ou sem o uso de força, ou através de atitudes ardilosas e sorrateiras.

A manipulação com métodos explícitos de dominação usa o poder de modo concentrado intimidando e aterrorizando o outro para melhor dominar.

Neste caso, a modelagem do comportamento da vítima se dá pela reincidência das intimidações. Uma vez cessados os métodos coercitivos, é possível ao manipulado retroceder ao padrão normal de conduta.

Já a manipulação ardilosa camufla o desejo de controle, envolvendo sorrateiramente a vítima, sem que ela necessariamente perceba essa realidade.

Os resultados podem ter efeitos devastadores, pois tal manipulação é capaz de impelir a consciência a certa manifestação pensênica, agindo sobre a vontade da mesma enquanto catalisador negativo ou patológico.

Efeitos da manipulação consciencial

A manipulação consciencial possui muitos efeitos na vida da pessoa. Dentre eles, trouxemos 4 efeitos corriqueiros e prejudiciais para o manipulado:

Um dos primeiros efeitos é a assunção gradual ou instantânea da posição de vítima. O vitimizado se sente injustiçado e retroalimenta a condição de vítima, nada fazendo para sair da condição de sujeição à outra pessoa, grupo ou instituição.

A submissão às ideias, emoções, ações ou condições é inerente ao perfil da pessoa manipulada. A submissão pode ter efeitos danosos à autoestima. Tal sujeição é reforçada pela insegurança afetiva, intelectual, financeira e outros.

A insegurança quanto às potencialidades pessoais e a valorização excessiva do outro em detrimento de si, pode retroalimentar a condição de dominado.

Assim, a pessoa se mantém presa a um círculo vicioso de vitimização, sujeição, insegurança e manutenção da condição de manipulado.

→ Veja também: Ideologias e livre-arbítrio na Inversão Existencial

Como evitar a manipulação consciencial

A fim de evitar ou se livrar da manipulação implícita ou explícita dos outros sobre você, separamos 13 dicas para você exercitar no dia a dia:

Antivitimização

A antivitimização é a adoção de postura de não-vítima. É a assunção da responsabilidade pela própria evolução. Essa é a primeira declaração a ser feita perante a si para desconstruir as influências negativas de outras pessoas.

Autopesquisa

Estudar e pesquisar a si mesmo, identificando as carências pessoais, os desafetos, os afetos, as potencialidades.

Autodiscernimento

A faculdade de discernir é superior ao bom senso e auxilia a avaliar as situações com criticidade, sabendo distinguir o certo do errado, o verdadeiro do falso, o lógico do ilógico, o prioritário do secundário, dando maior clareza às tomadas de decisões. Essencial para se previnir das manipulações e de manipuladores.

Juízo crítico

É a capacidade intelectual que permite analisar, julgar, discutir com correção e discernimento fatos, ideias, posturas pessoais e alheias, sem aceitar, de modo automático e irrefletido, as opiniões pessoais e a de terceiros.

Autonomia consciencial

É a capacidade de se autogovernar, de modo lúcido e produtivo, a partir do autodiscernimento vivenciado, respeitando os princípios da interdependência com os outros.

Aqui, é fundamental a pessoa assumir a responsabilidade pela própria vida, sem queixas e reclamações. Afinal, somos o resultado de nossas próprias escolhas.

Posicionamento pessoal

Outro elemento essencial é saber se posicionar diante das situações, pessoas ou ideias, através da emissão de opiniões próprias segundo convicções íntimas.

Desassédio interconsciencial

O desassédio interconsciencial é a eliminação do assédio de determinada pessoa sobre outra. A assedialidade é gerado a partir de emoções e de ideias, portanto, uma das bases da desassedialidade é o domínio das emoções para permitir a manifestação lúcida do discernimento através do corpo mental (mentalsoma).

Projeção consciente

Atuação lúcida e consciente no fenômeno da projeção da consciência para fora do corpo físico, capacitando o autoconhecimento mais aprofundado e a visão da realidade mais abrangente.

Reciclagem intraconsciencial

A alteração íntima para melhor quanto aos conceitos, valores, posturas e atributos conscienciais, colocando a pessoa em novo patamar evolutivo, a partir da recuperação de cons e consequente ampliação de lucidez e autodiscernimento.

Priorização evolutiva

Manifestação inteligente quanto ao uso do livre-arbítrio, a partir da conjugação profícua do tempo, atributos conscienciais e recursos intrafísicos, de modo a alcançar metas existenciais avançadas, condizentes à proéxis individual e grupal.

Tarefa do esclarecimento

O empreendimento assistencial às outras consciências, assentada no discernimento, racionalidade e cosmoética, dedicada à vivência das verdades relativas de ponta e à construção de gestações conscienciais lúcidas visando conquistar melhores níveis de lucidez e holomaturidade.

Reciclagem assistencial

Através da renovação dos princípios, métodos e abrangência da assistência realizada, é possível qualificar as intercessões pessoais a favor da humanidade, em detrimento de condutas vulgares, retrógradas e antiuniversalistas.

Senso universalista

O universalismo é o conjunto de princípios, derivado das leis básicas do Universo, contrário ao individualismo da pessoa subordinada a alguma comunidade, seja Estado, povo, Nação, humanidade planetária ou trincheira egoica da consciência com capacidade de tratar homens, mulheres e povos igualitariamente.

A ASSINVÉXIS é uma instituição sem fins lucrativos pautada no voluntariado consciencial e preza pela profilaxia das manipulações interconsciencias desde a fase da juventude.

NÃO ACREDITE EM NADA, NEM MESMO NO QUE VOCÊ LEU AQUI. EXPERIMENTE. TENHA SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES.

Vídeo Manipulações Conscienciais – Mabel Telles (Consciência Livre)

Leitura recomendada

  1. Dyer, Wayne W. Não se deixe manipular pelos outros: técnicas para evitar a dominação. 1ª edição. Rio de Janeiro: Viva Livros, 2014.
  2. Teles, Mabel. Profilaxia das Manipulações Conscienciais. 2ª edição. Foz do Iguaçu: Editares, 2011.