A holografia é feita da seguinte maneira: um feixe de raio laser é lançado em direção a um prisma que o divide em dois: o feixe de referência e o feixe objeto. Este último vai em direção a um objeto, que, por sua vez, o reflete para a chapa holográfica, onde encontra o feixe de referência – que não passou pelo objeto. Ali são gravadas informações sobre o padrão de interferência, distribuição e intensidade da luz. Esse procedimento irá permitir a reprodução das três dimensões do objeto – comprimento, largura e altura – quando a chapa for revelada.

Sem dúvida, o que chama mais atenção na holografia é que em cada ponto da chapa está contida a informação de toda chapa. Com base nesta realidade, alguns cientistas propuseram, entre inúmeras outras, uma teoria na qual o cérebro seria parte de um imenso holograma (universo multidimensional) e, assim, faria interpretações deste universo: a realidade não estaria limitada apenas ao que os sentidos físicos são capazes de perceber – o que explicaria muitos dos fenômenos estudados na Parapsicologia, e considerados, até então, paranormais. No entanto observa-se claramente a questão da consciência, ou do ser pensante que está por trás desse cérebro sendo colocada novamente de lado, e o pesquisador mais autocrítico não poderia deixar de questionar: “Quem ou o que faz a interpretação?”.

Para a Projeciologia e a Conscienciologia a consciência é o agente controlador do cérebro e é, portanto, “quem” interpreta; sua manifestação parece não estar restrita apenas à dimensão física conhecida, mas a muitas outras, onde se manifesta através de corpos, ou veículos (camadas de energia), diferentes do soma. São eles:

1. Mentalsoma. Também conhecido por corpo mental, é considerado o veículo mais evoluído, sendo a expressão máxima da consciência.

2. Psicossoma. Conhecido popularmente por corpo astral, é o veículo das emoções, que porta o mentalsoma.

3. Holochacra. Conhecido por corpo etérico, pode ser definido como um campo bioenergético que liga o psicossoma ao corpo humano.

4. Soma. É o corpo humano.

Ao que tudo indica, a consciência pode se manifestar em diversas condições: a intrafísica, que ocorre quando esses veículos ocupam o mesmo espaço-tempo físico; a projetada, quando há o afastamento temporário entre o psicossoma e o corpo humano; e a extrafísica, quando ocorre o desligamento definitivo do corpo humano e holochacra da consciência (que passa a atuar apenas de mentalsoma e psicossoma isolados).

O objetivo que segue é fazer algumas comparações entre a Holografia e a Projeciologia com base na seguinte analogia: objeto / psicossoma; raio laser / holochacra; e chapa holográfica / soma.

Na Holografia, o raio laser é utilizado tanto para fazer o holograma como para reproduzi-lo, levando informações tridimensionais do objeto para a chapa holográfica, onde são registradas;

Na Projeciologia, o holochacra leva informações multidimensionais da consciência (de mentalsoma e psicossoma) para o cérebro (corpo físico) onde são temporariamente registradas;

Na Holografia, o raio laser permite a reprodução da imagem tridimensional do holograma – que se projeta no espaço, para fora da chapa;

Na Projeciologia, o cordão de prata (parte do holochacra), ou mais propriamente a sua distensão, permite a projeção de um veículo quadridimensional da consciência, o psicossoma;

Na Holografia há a formação de círculos concêntricos na chapa holográfica pela interferência de ondas de luz (laser);

Na Projeciologia, há hipótese na qual as impressões digitais (genética) formadas no corpo biológico são trazidas do psicossoma (paragenética) pelo holochacra;

Na Holografia, cada parte contém a informação de todo holograma;

Na Projeciologia, cada veículo consciencial é uma parte da manifestação de um todo (a consciência);

Na Holografia, a imagem tridimensional gerada pelo filme holográfico nos ilude: pensamos que o objeto está, realmente, diante de nós;

Na Projeciologia, a condição de restringimento da consciência gerado pelo cérebro (corpo físico) nos ilude: pensamos ser esta – a dimensão física – nossa realidade máxima.

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  1. LUNAZZI, José Joaquim. A Luz Congelada. Ciência Hoje; Vol. 3; N° 16; Rio de Janeiro; Janeiro/Fevereiro, 1985; p. 36-46.
  2. TALBOT, Michael. O Universo Holográfico.
  3. VIEIRA, Waldo. Projeciologia: Panorama das Experiências da Consciência Fora do Corpo Humano.
  4. VIEIRA, Waldo. Projeções da Consciência.
  5. WILBER, Ken (Org.). O Paradigma Holográfico e Outros Paradoxos. São Paulo, SP: Editora Cultrix, 1991.