Você já pensou sobre por que jovens costumam formar grupos? Há grupo de jovens com objetivos específicos? Como um grupo de jovens pode auxiliar no desenvolvimento da consciência? 

Essas e outras perguntas serão debatidas ao longo do texto, com o objetivo de compreendermos a função social do grupo de jovens percorrendo alguns exemplos históricos até os dias atuais. Dessa maneira, vamos fazer uma reflexão crítica sobre tipos existentes, em especial o inovador “Grinvex”: grupo de jovens inversores existenciais voltados à pesquisa da consciência.

Formação de grupos de jovens: fenômeno social

Primeiramente, destaca-se que alguns estudiosos de Hebelogia – estudo da adolescência e suas peculiaridades biológicas, psicológicas e sociogenéticas – analisam a adolescência como período marcado pela busca de identidade. Para isso, a própria Biologia impulsiona os seres humanos, nessa fase, a agruparem-se para que os padrões de comportamentos, como roupas e linguagem, do grupo representem a individualidade ainda em formação.

Assim, esse processo pode ser observado no desenvolvimento escolar: crianças mais novas, em fase de primeira socialização (até 6 anos), brincam entre se tendo “amiguinhos” que muitas vezes desconhecem o nome. Mas,no período entre a pré-adolescência e o fim da fase escolar (entre 10 e 18 anos) a definição de grupos passa a ser mais clara, tanto pelo padrão de convívio quanto por características hetero-identificadas como “os bagunceiros do fundão” ou “os nerds”.

Posteriormente, na faixa etária da pós-adolescência (entre 20 e 26 anos), onde as preferências pessoais estão mais definidas, um grupo de jovens forma-se pela afinidade entre os pares, não raro se constituindo amizades duradouras. Popularmente, é comum a afirmação: “na faculdade são formados os amigos para a vida toda”.

Dentre esses grupos informais de convívio social, há jovens que se reúnem com objetivos específicos, buscando algo além da socialização e da amizade. Desta forma, veremos alguns exemplos desse segundo tipo na próxima seção.

Grupo de jovens ao longo da História

A princípio, segundo Jon Savage, autor do livro “A criação da juventude”, a ideia de teenage como conhecemos hoje foi inventada na segunda metade do século XX. Ou seja, até então, ou se era adulto ou se era criança. Por esse motivo há grande dificuldade de encontrar “grupo de jovens” propriamente ditos em registros históricos, uma vez que não existia essa noção.

Por outro lado, considerando a faixa etária, podemos citar alguns exemplos na História:

Società dei Pugni (1761–1766): grupo de jovens iluministas de Milão, fundado por Pietro (33 anos) e Alessandro Verri (20), era composto por Cesare Beccaria (23), Luigi Stefano Lambertenghi (22), Giuseppe Visconti di Saliceto (30), Pietro Francesco Secchi Comneno (?), Giambattista Biffi (25), abade Alfonso Longo (22) e Paolo Frisi (33). Em síntese lutava para afirmar-se no cenário político, inserindo-se, com o periódico Il Caffè, nos debates públicos mais importantes da época com ideias de vanguarda.

grupo de jovens iluministas

Geração beat (1950–1960): grupo de jovens norte-americanos, principalmente escritores e poetas, considerados embrião dos hippies. Engajado no movimento de “contra-cultura”, tinham reputação de boêmios hedonistas que celebravam a não-conformidade e a criatividade espontânea. Dessa maneira, buscavam unir a poesia ao entendimento espiritual mais profundo e acreditaram que poderiam alcançar “grau maior de elevação da consciência” através do desregramento dos sentidos, com uso de drogas.

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Grupos de jovens presentes na atualidade

Hippies (1960–): surgindo como contestação de jovens à Guerra do Vietnã, o movimento hippie é um dos grupos mais conhecidos. Em sua origem, representavam o desacordo de jovens com valores tradicionais da classe média americana e das economias capitalistas, tendendo a modos de vida comunitários com ideais pacifistas e ambientalistas. Afinizados a princípios de religiões orientais, como o budismo e o hinduísmo, e das culturas nativas norte-americanas, buscavam a expansão da consciência e, assim como os beats, com intenso uso drogas.

Movimento estudantil (1710–): a primeira movimentação desse tipo data de 1710 quando jovens estudantes de conventos e colégios religiosos enfrentaram a invasão francesa no Rio de Janeiro. É formado por organizações políticas estudantis buscando representar os interesses dos estudantes e manifestar-se perante questões de ordem política, econômica e social, como, por exemplo, as campanhas “Diretas já” (1983–1984) e protestos do “Movimento Passe livre” (2013–).

grupo de jovens em um protesto

Grupo de jovens religiosos (século XX–): grupos ligados à Igreja Católica ou a outras igrejas cristãs formados por adolescentes e jovens. Objetivam a formação cristã do jovem ao fomentar o aumento da fé e do compromisso religioso e a prática do voluntariado missionário, desenvolvendo jovens líderes na religião. A origem provável desses grupos foi inspirada pela Renovação Carismática Católica (1960), expandindo para outras linhas religiosas.

Fraticelli (século XIII–): com início no século XIII em grupos católicos medievais de frades franciscanos, simbolizava o repúdio à hierarquia e outros valores materialistas da Igreja. Atualmente é uma ordem espiritualista para jovens entre 18 e 25 anos, de ambos os gêneros, considerados “irmãos menores da luz”. O objetivo é estimular o estudo das leis naturais, da prática de filantropia e caridade e formar o que chamam de “homem integral”.

Grinvex: grupo de inversores existenciais

Em 9 de fevereiro de 1992 foi fundado o primeiro Grinvex, no Rio de Janeiro. O Grinvex – Grupo de Inversores Existenciais – é a equipe de  jovens pesquisadores e pesquisadoras da Conscienciologia, a ciência embasada no paradigma consciencial. Este é Trata-se de um modelo de ideias diferentes da ciência tradicional que analisa a consciência enquanto muito mais que apenas o corpo físico.

Os Grinvexes têm suas atividades alinhadas à ASSINVÉXIS – Associação Internacional de Inversão Existencial –, uma instituição de educação e pesquisa, sem fins lucrativos e embasada no trabalho voluntário, e busca estudar e divulgar a técnica da inversão existencial.

Grupo de jovens do Grinvex reunidos




Inversão Existencial

Você já refletiu ou questionou sobre:

– Se você planejou sua vida antes de nascer?

– Como ampliar o máximo de sua cognição em 1 vida humana?

– Como superar a pressão dos tradicionalismos da sociedade para viver de acordo com os próprios valores?

– Se é possível dedicar-se, desde a juventude, a maneiras mais eficazes de mudar o mundo?

Em suma, essas e outras perguntas são escopo da inversão existencial, ou invéxis, uma técnica de viver que visa o máximo aproveitamento evolutivo da existência humana, através do planejamento de vida e da vivência da assistência aos outros, do senso crítico, da maturidade e do parapsiquismo lúcido desde a juventude. Assim, para saber mais, recomendamos o vídeo abaixo:

Aspectos inovadores do Grinvex

Grupos de inversores existenciais                            Grupos de iniciados

Experimentadores independentes                              Dependentes da religião ou ideologia

Premissas: lógicas, racionais, avançadas                  Premissas: místicas, irracionais, antigas

Temperamento: questionador sadio                          Temperamento: salvacionista catequista

Pesquisas: parapsíquicas sadias                                  Contemplações dogmáticas e sectárias

Descrente: sem repressões maiores                            Crente: fiel às lavagens cerebrais 

Além disso, o Grinvex é excelente ambiente para desenvolvimento da criticidade sadia, por meio de leitura e debate, e das amizades evolutivas. Atualmente há vários Grinvexes no Brasil. Assim, caso queira saber mais ou entrar em contato com algum deles, clique aqui.

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Referências Bibliográficas 

ARNO, D. R. J. et al. Iluminismo e direito penal. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2009. Disponível no link.

CÉSAR, M. R. A. A Invenção da “Adolescência” no Discurso Psicopedagógico. 133 f. Dissertação – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, 1998. Disponível no link.

FRATICELLI; Geração beat; Hippies; Renovação Carismática Católica. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. [S.l.]: Wikimedia Foundation, 2006. Disponíveis no link.

FRATICELLI. Página inicial. Disponível no link.

LACK, L. X. Para que serve um grupo de jovens? Nova Friburgo, 201?. Disponível no link.

SAVAGE, J. A criação da juventude: como o conceito de teenage revolucionou o século XX. Rio de Janeiro: Rocco, 2009.

UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES – UNE. História da UNE. 2011, Disponível no link.

VIEIRA, W. 700 Experimentos da Conscienciologia. Rio de Janeiro: IIPC, 1994.