Você já ouviu falar na Síndrome do bonzinho? Será que você é mais uma pessoa sofre da síndrome? Neste artigo vamos explicar tudo que você precisa para superar e identificar se você é uma pessoa boazinha.

A síndrome do bonzinho é caracterizada pela dificuldade de expressar as próprias vontades, por medo de ser rejeitado ou de gerar conflitos com os outros. Ser bonzinho significa renunciar aos valores e princípios pessoais para agradar as outras pessoas. 

Fonte: Freepik

A síndrome do bonzinho geralmente é manifestada em pessoas que não reconhecem os próprios talentos pessoais, os trafores (traços-força), não se acha capaz para fazer as coisas, uma pessoa frágil e submissa.

A partir disso, é interessante observarmos características da síndrome do bonzinho e saber se manifestamos posturas desta síndrome para que possamos superá-la.

Conscienciologia é a ciência que estuda a consciência (princípio inteligente, alma, espírito, ego, personalidade), considerando todos os seus atributos, fenômenos parapsíquicos, múltiplas vidas e as manifestações nas dimensões física e extrafísica. A consciência é você, sua essência, um princípio inteligente, e autoconsciente, que sobrevive para além da morte do corpo físico. Portanto, vale considerar ao longo da leitura deste artigo, o princípio da descrença: 

Não acredite em nada, nem mesmo no que você está lendo neste artigo. Experimente, tenha suas próprias experiências.

Para identificar se você, jovem, possui manifestações relacionadas a síndrome do bonzinho é necessário refletir sobre as posturas manifestadas no dia a dia, listando fatos que demonstram realmente o ocorrido. Esta síndrome está embasada na submissão das próprias ideias e na falta de reconhecimento dos trafores pessoais.

Como saber se tenho a síndrome do bonzinho?

Há características que podem ajudar você a saber se sofre a síndrome do bonzinho ou não, veja abaixo 20 características:

  1. Acriticidade. A falta de criticidade e questionamentos quanto as próprias manifestações boazinhas. 
  2. Acumpliamento. O fato de a postura boazinha criar interprisões através do acumpliciamento negativo, relacionada às omissões deficitárias.
  3. Agradar. O ato de sempre querer agradar as pessoas.
  4. Autotrafarismo. A conduta de ver mais os autotafares do que os autotrafores.
  5. Infantilidade. A postura infantil de querer sempre agradar.
  6. Inferioridade. A sensação de inferioridade com outras pessoas, pela ausência de autoafeto.
  7. Patopensenizações. O ato de não falar o que pensa, e por consequência, apenas pensar mal.
  8. Sugestionavél. A sugestionabilidade pelas pessoas em que admira e acha melhor que si mesma.
  9. Aprovação. O ato de agradar com o intuito de ser admirado e reconhecido, ou seja, necessidade de aprovação.
  10. Autoculpa. A autocobrança e autoculpa por não ter se posicionado e/ou por ter discordado.
  11. Autodespriorização. O ato anticosmoético de virar a cara para as próprias necessidades e sempre se colocar como último da fila, como por exemplo, o próprio ato de não se posicionar sobre algo.
  12. Autodesvalorização. A desvalorização do autopotencial, com pensamentos “Eu não sou capaz”, “Não vou dar conta de fazer tal coisa”.
  13. Pensamento.  O pensamento frágil quanto as discordâncias e feedbacks, caindo na postura de vítima.
  14. Autoestima. A baixa autoestima gerando uma postura submissa, pela falta de autoconfiança.
  15. Bloqueios. Os bloqueios energéticos pela falta de posicionamento e pelas omissões deficitárias. 
  16. Carência. A carência afetiva sendo uma das bases do ato de ser bonzinho.
  17. Comunicação. A passividade e submissão na comunicação e nas atitudes pessoais. 
  18. Contrariedade. O sentimento de inadequação ao agir de modo contrário ao alguém ou a alguma ideia. A procura pelo entendimento de que a contrariedade em determinados casos é positiva, ajuda a manter a postura de admiração-discordância. É importante pensar que quando se expõe as próprias ideias e visões construtivas, tal ato favorece o esclarecimento e o autodesenvolvimento.
  19. Energias. Os gastos desnecessários de energia pelo ato de se manifestar com inautenticidade e a autointoxicação com as coisas não ditas.
  20. Incômodo. O ato de sempre achar que está incomodando.
  21. Posicionamento. A dificuldade de explicitar o posicionamento pessoal perante as pessoas. Muitas vezes por carência, as vezes de ser rejeitado, discordado e com medo do que as pessoas vão pensar.
  22. Rejeição. O medo da rejeição gerando a postura boazinha.
  23. Secundários. Os ganhos secundários através do ato bonzinho. Por exemplo: querer ser aceito, admirado ou até mais reconhecido.
  24. Submissão. A submissão nas interrelações pelo ato de colocar as opiniões. Vale ressaltar que o ato de a pessoa ser submissa e vitimizada é responsabilidade dela mesmo por estar nessa condição, a partir da identificação, ela poderá sair dessa condição e tomar mais a frente das próprias escolhas e ideias.
  25. Vitimização. A postura vitimizadora pela conscin boazinha, a conduta se colocar como vítima nos contextos e não assumir as responsabilidades.

Análise. A partir disso, vale ressaltar a importância da análise crítica quanto as características apresentadas, a fim de identificar aspectos a serem melhorados e reciclados. 

Estas são posturas manifestadas por pessoas que possuem a síndrome do bonzinho, é importante identificá-las para que consiga se desenvolver e aplicar suas ideias e pensamentos independente das opiniões alheias.

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Analogia sobre a síndrome do bonzinho 

Uma analogia muito didática para entendermos a condição de uma pessoa boazinha, posicionada e explosiva é a da chama, brasa e grama (vídeo Fe Cavalari) observe abaixo exemplificado:

  1. Chama. A chama seria uma pessoa explosiva, brava e impulsiva, em que é as pessoas não gostam de ficar perto, ou seja, tem uma comunicação agressiva.
  2. Brasa. A brasa é uma pessoa que se posicionar e fala o que pensa, é agradável e ninguém vai pisar (comunicação assertiva). 
  3. Grama. A grama é a pessoa boazinha em que as pessoas pisam, manipulam, mandam e a mesma aceita tudo (comunicação passiva).

A partir disso, a melhor condição desta analogia é ser a brasa, em que a pessoa conseguirá desenvolver as qualidades pessoais, analisar os próprios limites quanto determinadas situações e conseguir se posicionar quando necessário, tornando-se mais autônoma nas ideias e nas automanifestações. Essa analogia pode ajudar na compreensão da síndrome e até outros extremos, que é o caso da chama.

Como superar a síndrome do bonzinho?

Um dos primeiros passos para a superação a síndrome do bonzinho ainda na juventude é a autorreflexão das características apresentadas, a listagem fatos e exemplos pessoais que te fazem chegar nessas conclusões e estratégias para superar esta condição. 

É essencial essa autorreflexão uma vez que a síndrome do bonzinho pode estar relacionada a várias raízes diferentes, para cada pessoas ela se manifesta de forma diferente. Exemplo: o aspecto bonzinho pode ser consequência da baixa autoestima, que faz com que a pessoa se desvalorize, se coloque para baixo e se considere incapaz de enfrentar e até mesmo assumir uma responsabilidade que demande mais, causando uma submissão das próprias ideias e em situação. 

Uma das principais causas é a falta de assunção de responsabilidades, por exemplo, quanto a pessoa se posiciona e fala o que pensa, ela terá mais responsabilidades na contribuição nas ideias e uma postura mais ativa do que a pessoas que só concorda e não questiona. O que faz uma ideia se desenvolver, é a postura de questionar e tentar trazer algo diferente, ao invés de apenas concordar.

Vale ressaltar que todos nós somos únicos, temos as nossas individualidades e potenciais diferentes que podem ser qualificados e desenvolvidos cada vez mais. A partir daí começamos a observar a importância da assunção dos nossos trafores no dia a dia, pois através deles conseguimos enfrentar os traços-fardos (trafares) e fazer as reciclagens íntimas (recins). 

Para a identificação e reconhecimentos dos trafores, há um método que pode te ajudar neste procedimento que é a técnica da autopesquisa. A autopesquisa é a pesquisa de si mesmo, analisando traços pessoais, qualidades e estruturas de sua própria personalidade, objetivando acelerar o autoconhecimento e a evolução, para seu próprio bem e dos demais. 

Para a identificação e reconhecimentos dos trafores basta você pegar uma folha de papel e listar trafores (trafores) e trafares (trafares) que observa pautada e embasada nos fatos do dia a dia. E em cada traço descreva a manifestação e o fato que provam esta realidade. 

Para saber mais, leia: Como identificar os talentos pessoais na juventude?

A partir do exposto, veja abaixo posturas indicadas para a mudança de comportamentos e hábitos, favorecendo a qualificação dos posicionamentos pessoais e do desenvolvimento da autossuficiência: 

  1. Abertismo. O ato de estar aberto aos feedbacks dos colegas evolutivos. 
  2. Antivitimização. A assunção de responsabilidades evolutivas, eliminando a postura de se colocar no papel de vítima. 
  3. Autenticidade. O desenvolvimento da autenticidade cosmoética a fim de evitar patopensenizações, interpretações equivocadas e se manifestar sem eufemismos. 
  4. Autopensenes. A observação dos autopensenes no intuito de identificar os patopensenes e os autassédios frequentes. 
  5. Autopesquisa. A busca pelo autoconhecimento e pela avaliação do temperamento pessoal, com a finalidade de se conhecer melhor, identificar as características da síndrome do bonzinho e acelerar as recins pessoais.
  6. Autorrealismo. O ato de viver com realismo sadio, eliminando as fantasias a respeito de si mesmo, com intuito de fazer o autodiagnóstico de modo assertivo.
  7. Contrariedade. A procura pelo entendimento de que a contrariedade em determinados casos é positiva, mantendo a postura de admiração-discordância. É importante pensar que quando se expõe as próprias ideias e visões construtivas, tal ato favorece o esclarecimento e o autodesenvolvimento. 
  8. Convivência. Para uma boa convivência, não é preciso apenas concordar, a melhor postura é usar a autocriticidade sadia e discordar quando necessário. A concordância acrítica, sem questionamento, pode gerar a não qualificação das ideias, opiniões e do debate. 
  9. Posicionamentos. A conduta de se posicionar, a fim de receber feedbacks construtivos e desenvolver a autenticidade autocrítica. 
  10. Traforismo. A conduta de utilizar os trafores e os conhecimentos pessoais, empregando os com inteligência evolutiva e para fins de ajudar as pessoas. 
  11. Valores. A identificação e o reconhecimento dos valores evolutivos pessoais auxiliando no desenvolvimento dos autoposicionamentos, da opinião própria e qualificação da autocoerência.

As posturas listadas acima contribuem para a autoqualificação diária do jovem e a superação da postura boazinha.

Além das posturas e ideias que foram apresentadas, o jovem pode se apoiar em técnicas mais avançadas para antecipar a evolução. A técnica da inversão existencial auxilia nesta autorresponsabilização e no alinhamento da vida em função do propósito de vida pessoal. 

A inversão existencial é a técnica de otimização máxima da vida humana, fundamentada na Conscienciologia, aplicada desde a juventude, objetivando o exercício precoce do auxílio aos outros e o cumprimento da programação existencial (proéxis), também conhecido como propósito ou missão de vida. 

Na inversão existencial, a moça ou rapaz direciona os autesforços para a aceleração das recins e da autorresponsabilização, optando pela postura se posicionar e assumir os trafores. A partir disso, os jovens vivenciam a prática da interassistência (assistência mútua entre as consciências), embasada na tarefa de esclarecimento (tares). 

A assunção dos trafores são fundamentais para maior aproveitamento e qualificação da assistência, assumindo a superação da síndrome do bonzinho a no dia a dia. As recins demandam paciência e tempo, pois não é possível mudar de uma hora para outra. 

E aí, nas suas autopesquisas, você identificou a síndrome do bonzinho? Se sim, quais serão as posturas que você irá mudar hoje? Reconhece a importância de superar a postura boazinha, seja para si mesmo e para os outros?

Referências:

  1. Barbosa, Cassianne; Postura Antivitimizadora na Invéxis; Artigo; Anais do XXXI Simpósio do Grinvex – SIG; Revista; N. 31; Associação Internacional de Inversão Existencial (ASSINVÉXIS); Conceição dos Ouros e Tubarão, MG e SC; novembro, 2021; páginas 94 a 103.
  2. Barbosa, Cassianne; Superação da Síndrome do Bonzinho na Invéxis; Artigo; Anais do XXXII Simpósio do Grinvex – SIG; Revista; N. 32; Associação Internacional de Inversão Existencial (ASSINVÉXIS); Foz do Iguaçu; setembro, 2022; páginas 91 a 96.
  3. Cavalari, Fe, APRENDA A SE POSICIONAR – Chega de aceitar tudo. Youtube. Disponível em: < https://youtu.be/l_BQKiwMWo0 >. Acesso em: 01 de maio. 2022. 11:40:00.
  4. Rodrigues, Leonardo; Síndrome do Bonzinho; verbete; In: Vieira, Waldo; Org.; Enciclopédia da Conscienciologia; apres. Coordenação da ENCYCLOSSAPIENS; revisores Equipe de Revisores da ENCYCLOSSAPIENS; 27 Vols.; 23.178 p.; Vol. 25; 1.112 citações; 11 cronologias; 33 E-mails; 206.055 enus.; 602 especialidades; 1 foto; glos. 4.580 termos (verbetes); 701 microbiografias; 270 tabs.; 702 verbetógrafos; 28 websites; 670 filmes; 54 videografias; 1.087 webgrafias; 13.896 refs.; 9ª Ed. rev. e aum.; Associação Internacional de Enciclopediologia Conscienciológica (ENCYCLOSSAPIENS); & Associação Internacional Editares; Foz do Iguaçu, PR; 2018; ISBN 978-85-8477-118-9; páginas 20.638 a 20.641.